Hoje li Castro Alves e Olavo Bilac
Vi que não sirvo para dicionariar
Ler traças poéticas dá um baque
Sempre vem o espirro ao folhar
Versos fortes, pomposos e concisos
Palavras bem distribuídas e rimadas
Mas são diferentes as épocas e motivos
Sou um inciante dando algumas pinceladas
Críticos, românticos, irônicos, infantis ou agressivos
Vejo nos meus ensaios poéticos vidas passadas
Não são enxurradas de conhecimento, cursos intensivos
São coisas a serem calmamente degustadas
Talvez o amadurecimento
que se busca no amarelar dos livros
Ou então um leve tratamento
Aos meus pensamentos depressivos
Gosto dos mortos, mas valorizo os poetas vivos
Vejo na internet milhares deles em pleno crescimento
No passado muitos poetas não procuravam amigos
Ao contrário deles, hoje tenho os sites de relacionamento
Pois, como disse o cantor Nilton Nascimento
Exceto os que já foram para seus jazigos
-"O artista vai onde o povo está!"
Então, poetas e leitores, vamos até lá
Decimar Biagini, 03 de março de 2009
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