As questões que nos obcecam
São as que recusamos formular
Decisões duras que nos secam
Com medo de alguém magoar
O deslocamento sutil e decisivo
Auto-dogmas de compaixão
Sintetizado em ser compreensivo
Prejudicam uma nova projeção
Sentimento de culpa e pena
Contraponto em caráter e egoísmo
Querer ser feliz é problema
Fingir abrir mão é puro cinismo
O auto-flagelo é negar problemática
Em suas várias versões
A pior é manter-se na estática
Evitando novas emoções
Inexoravelmente surgirá o dilema
Entre libertar-se sem magoar
Mas vejo que não há maior problema
Do que deixar de se amar
É preciso permitir-se em novo vôo
Tão livre como pluma ao vento
Do contrário a prisão trará enjôo
Tornando o ser escravo do pensamento
Decimar Biagini, 29 de março de 2009
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