DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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terça-feira, 3 de março de 2009

Como nos conhecemos


Quero gritar que amo você, com alegria
De peito aberto sob o sereno da noite 
Antes de você, me curava da vida vazia 
Tentando fugir da morte e daquela foice  

O amor que tinha por mim se perdia 
Retratava martírio, em auto-piedade
Daí você apareceu, naquele lindo dia 
Perguntando se eu era desta cidade  

E eu atónito, nem responder sabia 
Mal pensei se queria saber de verdade 
Tão tonto, como perceber que me queria 
Até que aceitou o convite, naquela tarde 

Numa tarde quente, nos vimos em uma audiência 
Aquela que houve troca de olhares sem alarme 
Eu sentado só observando você e sua sapiência 
Mulher convicta, sorriso encantador, um charme  

Resolvi ligar, para ver se você atendia
Sem muita esperança, vai que aceite 
Jamais imaginei que você aceitaria
Então Deus disse, Decimar aproveite  

E você chegou, lembro do que vestia 
Um vestido que pedia um estreite 
Você corria a mão para baixo e ele caia 
Meu olhar dizia, não, não ajeite  

Sentou-se então do meu lado, que alegria 
Meu sócio ficou sentado logo em frente
Seu colega chegou depois, e nós em magia
Conversávamos sós, em meio a tanta gente

Ficavam constrangidos diante da sintonia
Falávamos de tudo, foi tão diferente
Chegou seu namorado, e a minha mão você lia
E nós continuemos, tranquilamente

Em meio a tanta conversa, enquanto você ria
Ele teve que dizer: - Fala comigo. (Vetou a gente!)
Daí você respondeu: - Falar o que? (que judiaria!)
Então, continuemos, com nosso jeito eloquente

Depois disso você saiu, e eu com minha mania
Incentivei o namoro, e falei uma coisa bem inocente
E ele não ouviu direito (ciúme) claro que não entenderia
Acabou achando que aquilo era desrespeite

O engraçado disso é que a gente não se conhecia
Nos vimos duas vezes nem tão proximamente
Todos surpreenderam-se com nossa sinergia
Por mais que negasse, não seria convincente

Não pensamos que essa atração nos dominaria
Mas o coração vai contra o que se tem na mente
Culpa do cupido, tonto de calor, sem muita pontaria
Ou do destino, que juntava novas vidas dali em frente

Decimar Biagini, 3 de março de 2009



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