
Soneto Livre ao Poeta Solitário
Na casa nova há silêncio, uma quietude larga
Aspecto sepulcral como os ventos d”outono
Na cama sozinho, uma amplidão se alarga
Pobre de mim, um cachorro, em abandono
Ao criar-te, projeção, um suspiro me embarga
Sinto-me que enfim, poderia ser seu dono
Nessa tristeza maleva, que aflige e amarga
O pensamento me leva, vou perdendo o sono
Nessa madrugada, quando a calmaria atordoa
De coisas imateriais meu coração se povoa
No peito do poeta, monarca sem trono
Em que a ausência da rainha lhe deixa a toa
E na cama em que degusto o amargo
Bate um vento ruim, deixando-me vago
Decimar Biagini
http://www.youtube.com/watch?v=B3mMFqxRnwA (ASSISTIR O VìDEO)
Nenhum comentário:
Postar um comentário