DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

LIVRO VIRTUAL - HOMENAGEM AOS 4 ANOS DA NOP - WASIL SACHARUK E DECIMAR BIAGINI

Segue anexo o livro que chancela os quatro anos de amizade com o Mago das Letras, Wasil Sacharuk, trata-se de relatos, conversas e atividades lúdicas que se perpetuaram nesse tempo acelerado da literatura moderna.

Valeu Wasil, pela grata surpresa de editar o livro "Da Janela Virtual".


Os amigos que querem baixar podem acessar o link:




quarta-feira, 6 de junho de 2012

VACINAS


VACINAS
Cheguei no tal do postinho
E o Arthur sorria para todos
Mal sabia do seu destino
Vieram vacinas e seus engôdos

O Guri se manteve firme
Primeiro uma perna
Depois perguntaram seu time
Daí outra perna

Entre uma agulhada e outra
Ele sorriu para mim
Depois veio uma lágrima solta
E então era o fim

Mês que vem tem mais
Até lá a ficha de vacina se aquieta
Pneumoniaca e meningo
Gripe A, tetânica e outras mais
Mas é a tal de tetra
Que judia do meu gringo

Decimar Biagini

terça-feira, 5 de junho de 2012

Certificado Alpas - Destaque Literário Nacional



SOLITUDE

Da ternura de um amor impossível
Renasce o sonho de tentar me amar
Em mim o futuro será mais plausível
Pois ninguem morrerá em meu lugar

Em mim depositarei toda expectativa
E somente eu serei capaz de frustrá-la
Em uma plenitude mais clara e objetiva
Só a própria alma é capaz de amá-la

É hora de buscar minha única sintonia
Saber qual a música que mais me apraz
Buscar felicidade nos outros gera agonia
Essa frustração não desejo nunca mais

Talvez eu imprima um costume caseiro
Ou liberte novamente o boêmio
Ou então, largue tudo e vire aventureiro
Talvez faça caridade e ganhe um prêmio

Só não quero me afogar em águas alheias
Que seja então na profundidade de minha alma
De que valem projeções, quando só meias?
Quero a intro-felicidade, afim de ter mais calma

Olharei todo dia no espelho que fiz para mim
Para ver se meu sorriso se transforma em magia
E talvez dessa forma seja feliz assim
Sentindo a vida mais leve, terei alegria

Vi tanta coisa perdendo o viço
Caiu tanta chuva em pranto
Tem coisas que já não cobiço
Mas por que perdi o encanto?

Talvez ao projetar-me demais
Retornando já não sabia quem era
Esse novo eu agora me satisfaz
Quero ver se domino esta fera

Decimar Biagini

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A MÃO DO POETA






Muito além da palma da mão
Ali onde os pássaros regorjeiam
Atraca todo tipo de embarcação
E muitas gaivotas se assemelham

Muito além da palma da mão
Ali onde os sonhos são pintados
Regojiza a alma como peão
E olhos risonhos são revelados

Horizontes costeiros quebrados
Por virtualidade atenuante
Suaves montes altaneiros desbravados
Pelo que era um bruto diamante

O poeta virtual!

Decimar Biagini

domingo, 15 de abril de 2012

OBSERVAR SEM TEMA



Mais um domingo se anunciava
O poeta olhou pela larga janela
Havia um cenário que se acinzentava
Era o inverno próprio de sua terra

Acumulavam-se ancestrais perguntas
Relativas a existência de uma futura guerra
Se haveriam respostas de pessoas cultas
Negativas, com eloquência em cura que encerra

Porém o silêncio do local deixou-lhe sozinho
Não foi suprida sua curiosidade existencial
Tampouco aquela usual tertúlia de passarinho
Na qual pudesse interpretar como divino sinal

O poeta resolveu observar outra janela afinal
Uma janela que fitava os olhos com medo
Não mantendo muito mais que um ledo enredo
A janela da alma, que apontava um inverno existencial

Lá pairavam muitas nuvens espessas que dificultavam o credo
Não havia uma nítida compreensão terrena acerca do fulcral
Espíritos rezavam, outros bebiam, outros levantavam cedo
O poeta fez autocrítica e uma distinção entre o bom e o mau

Saiu então daquele cenário e retornou com outras rimas
Tracejou um poema em relato libertário desprovido de sinas
O leitor e o tema, na janela do imaginário, revelariam suas brumas

Decimar das Silveira Biagini

quinta-feira, 12 de abril de 2012

ABERRAÇÕES 2012


ELEIÇÕES 2012
Promover a banalização
Para desviá-lo com maestria do foco
Dificultar a participaçao
Com falsa democracia de louco

Criar exigências infindas
Para desviá-lo com burocracia do foco
Destruir certas idéias limpas
Para corrompê-lo com hipocrisia de louco

Fazê-lo acreditar numa globalização justa
Para desviá-lo da insegurança local
Obrigá-lo a ficar no sofá, com barriga robusta
Para licitar medicamentos depressivos, e ao final

Dizer que seu voto depende dele. Isso não o assusta?


Decimar Biagini

O QUE VI COMO FILHO DE PROFESSOR



As nuances do enlace
Certo brilho da convivência a dois
Torça para que logo passe
Fase do milho e feijão com arroz

A pobreza é bonita
Se soubermos o que tirar do pobre
A política é fétida
Pois tiram daquele para uma vida nobre

Na mídia, falam em SELIC
Em Eike Batista, e mais uma mina de cobre
De dívida, de como ser chic
De Reiki e boa dica, se o fim se aproxima,  e se chove
Ao pobre, o orkut é sua boutique
Com fake de pessoa rica, sem piso ele ensina, por puro love

Decimar Biagini

sábado, 17 de março de 2012

A RARA CENTOPÉIA


A RARA CENTOPÉIA

Sempre que visito a casa da vó
Acontecem coisas estranhas
A barriga começa a dar nó
E sinto cólicas medonhas

Não é que vou ao banheiro
E observo uma centopeia
Pensei fixo olhando o chuveiro
E observei sua odisseia

Vi a bicha subindo no lava-pés
Lavou um por um e saiu pelo boeiro
Tudo enquanto eu ia aos pés


Decimar Biagini

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

IDÍLIO NOPENSE

IDÍLIO NOPENSE

O poeta, como todo andarilho
Certamente perderia-se nesse mundo
Caso não levasse o leitor consigo
Certamente seu solo seria infecundo
Se não fosse o afago do crítico amigo

Daí a importância da NOP
A mútua contemplação e valorização
Na simplicidade de um mote
Ou no ludismo de um acróstico em ação

Essa nova ordem que enlaça
Mantém amigos no virtualismo literário
Unindo predadores e sua caça
Na fome poética de um idealismo libertário

Liberdade essa cheia de graça
Na leveza de quem perpetua um registro
Na NOP a poesia nunca é escaça
Na certeza de quem escreve sem egoísmo

Decimar Biagini

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O que esperar do Natal?



Não creio que ficar sentado no sofá olhando o amigo secreto de pessoas famosas faça com que nosso natal seja brilhante, ao menos que o amigo secreto seja substituído por amigo invejoso.

No entanto, há um brilho peculiar nesse ano, tenho a sorte de celebrar a primeira passagem natalina do Rei Arthur, ele ainda não entende muita coisa, mas acredite, os olhos brilham mais que as lâmpadas acesas do pinheirinho quando coloco o carrinho dele em frente a este adereço tão curioso aos focos daquelas duas jaboticabinhas pretas.

Nesse momento estou olhando um programa que ensina a preparar a ceia de Natal, é tudo muito bonito quando não se enfrenta uma fila de supermercado as vésperas do tão sonhado momento em que todos se empanturram e esquecem do nascimento do menino mais famoso do mundo.

Então, espero que todos lembrem do menino, e principalmente, dos meninos e meninas recém-nascidos, e da importância do Natal para a presença marcante das crianças, das mais abastadas as mais carentes, afinal, os Reis magos migraram muito longe para presentear o Cristo Salvador em um estábulo, daí por assim dizer que o Natal é um exercício de humildade e desejo de continuidade, olhar uma criança num momento como esses é ter o gostinho da eternidade renovado a cada ano, com esperanças que podem ser brindadas facilmente com um brut ou um copo d’água, desde que ungido pelo verdadeiro espírito natalino, o amor ao próximo .



Decimar Biagini

sábado, 3 de dezembro de 2011


MENINO DA CAGANEIRA



Toda vez que eu chego em casa

Com pacote de fralda do Patolino

Meu bebe logo manda brasa

E então eu troco o menino



Decimar Biagini

POÉTICA DIVAGANTE HODIERNA

 


Olhei para o canto inferior da tela
Naqueles dias de navegador intrépido
Lá estava o calendário da virtual janela
Mais um ano passando rápido

Na infomaré não se utiliza barco a vela
Nem cinzas ao mar, ou pomposa lápide
A poesia é uma utopia de “a vida é bela”
Mas será que temos aproveitado ela!

Que essência busca o poeta moderno?
Já não se morre de tuberculose
Sequer há rascunho ou algum caderno
Tampouco há tinteiro aqui perto
Aboliram o uso indiscriminado da celulose

Pouco a pouco o mundo inteiro ficará descoberto
Em um único clique de um curioso esperto
Enquanto alguns poetas morrem de overdose
E algumas coisas mudaram por certo
A velha semântica leva a mesma pitada de psicose!

Decimar Biagini

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

LUZ PRÓPRIA

LUZ PRÓPRIA


Todo pai
Vive uma tensão
Logo cai
A angústia do coração

Nem todo pai
Ama sua criação
E assim se vai
A grande contradição

Entre rimas de ai
Entre rimas de ão
O verso então sai
Sem deixar nenhuma lição

Cada filho traz consigo
Uma luz própria cintilante
Um anjo da guarda amigo
E Deus, as vezes distante
Mantém o filho esquecido
Como um enterrado diamante

Até que um belo dia
O mineiro amor, num instante
O ensina a brilhar com alegria
Eis a graça, o mistério triunfante!

Decimar Biagini

sábado, 26 de novembro de 2011

NUMA PRAÇA

Numa praça

Por longos anos deixei de visitar aquele ambiente lúdico
Muitos enganos vivenciei ao me afastar, indiferente e pudico
Sim, eu tinha vergonha, de ir lá sem motivo algum
DE não ter sequer uma semente para colocar no escorregador
Daí, veio a cegonha, e uma paternidade instintiva me trouxe um:
Filho, que inspira cuidado frequente, e exige brincadeira com amor.
Não vejo a hora de embalar os sonhos de Arthur num balanço
E percebo que agora, ao poetar ao lado desse abajur, não me canso:
De esperar que lá fora, possa caminhar com muita luz, em descanso,
numa praça.

Decimar Biagini

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

SINAIS E MISTÉRIOS NA PATERNIDADE

Primeiramente, os sentidos ficam aguçados, é possível perceber crianças chorando a quadras de distâncias, em meio a uma multidão de consumidores falantes, na rua mais movimentada de sua cidade.
Em segundo, você observa que quando o pequeno está com fome, seu coração fica eivado de palpitação e ansiedade, em contrapartida, sua mulher tece vermelhidão e o leite começa a escorrer pelos inchados bicos de seus sagrados seios.
Em terceiro, baba-se muito, dorme-se pouco, mas depois seu despertar acostuma, é possível trocar as fraldas de um bebê sem acordar, você percebe isso quando abre a gaveta na manhã seguinte e descobre que é hora de comprar mais fraldas RN (recém nascido), com o tempo, lendo estórias infantis, você atribui o sumiço daquelas fraldas ao saci pererê, ao negrinho do pastoreio ou ao bicho papão, mas o mito cai antes disso se for você o responsável pelo recolhimento do material na lixeirinha lotada.

Decimar Biagini, 16 dias de vida pós-uterina do Rei Arthur.



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