DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

DIA DOS NAMORADOS

DIA DOS NAMORADOS
Há quem diga
Que é todo dia
Há quem liga

Parece ironia
Mas há quem não liga
E nem sabia

Cada amor
Tem sua sinfonia
O sol vai se por
E virá o outro dia

Seja como for
Aproveite com sabedoria
Cuide do amor
E curta tudo com alegria

Ontem fiz salmão
Gastei pacas num sofá
Dinheiro corre da mão
A data serve para gastar

Vale o gesto, o carinho
O dispêndio é como ressaca
Lave a taça de vinho
Pois a dor de cabeça logo passa

Por falar isso foi ontem
Comemorar hoje não tem graça
Que bons ventos lhe montem
Arranje logo alguém, vá a praça!
E espere o ano que vem
Para servir uma boa massa!

Decimar Biagini

sábado, 8 de junho de 2013

QUATRO PALAVRAS E UM IMPACTO

QUATRO PALAVRAS E UM IMPACTO
agora- surpresa-sofisticado-cadete



Agora observo o silêncio noturno

Surpresa, a alma revela-se em espelho projetado

Sofisticado pranto, verso soturno

Enxugado pela tela de um escrito auto-biografado


Cadete do ar, é o poema altaneiro

Que voa sobre estrelas esperançosas

Ao perscrutar a rima, cria um nevoeiro

Que o impede de enxergar lindas rosas


Até cair, na aspereza, de seu próprio canteiro

Nasce então uma púrpura magnetização

Tão rara quanto um onírico arco-íris no tinteiro

O teclado cria arcabouços pela própria ilusão


"Fazendo do poeta, seu mais nobre prisioneiro "


Decimar Biagini

FUGA DE POETA CASADO

FUGA DE POETA CASADO

Sim, melhor momento não há

Pego o teclado, sentado

Olho de revesgueio, a musa tá lá

No novo sofá, meio enviesado


Eu gosto da anca que fiz no estofado

O couríssimo cedeu com os duros poemas

E o rosto, com alegria, depois do vinho, fica rosado

É quando aproveito a novela da morena

Para botar a poesia em dia, com o coração acelerado



Decimar Biagini 

ENTENDO O RECESSO

ENTENDO O RECESSO
Somente eu fui capaz

De frustrar a minha expectativa

Em terras desertas

Fui meu próprio capataz

Não tive uma frase produtiva

Algumas idéias despertas

Morreram na ponta dos meus dedos

Antes mesmo do back-space apagar meus medos


Peço desculpa aos leitores

Pelas noites que passei teclando

Pelas coisas absurdas que semeei 

Sim, tive certos dissabores

Mas o tempo foi acalmando

A angústia que um dia criei

Hoje tenho outros amores

A vida segue me reinventando

Mas a poesia que operei

Trouxe um poeta se ocultando

Na liberdade que provei



Não temam pelo amanhã imprevisível

Ele é como a próxima intersecção no poema

Quando não for você, é algo compreensível

Pois o poeta vive num mundo maior que sua pena


Sou hoje uma pessoa otimista

Em uma nuance fora da poesia

Muita coisa deletei da velha lista

Mas não posso agir com hipocrisia

Aquilo que se perdeu de vista

Foi por que a paterna semântica queria


Decimar Biagini

segunda-feira, 20 de maio de 2013

AMANHÃ


AMANHÃ (HOMENAGEM AO ANIVERSÁRIO DE PAOLA BIAGINI)


Na contramão do corriqueiro
Resolvi profetizar uma data
Pois o tempo corre ligeiro
Nunca tivemos uma data exata

Sobre o dia de amanhã
Digo que me faz recordar feliz
Da prima amada como irmã
Que cresceu como manhãs primaveris
Observadas por ovelhas de pouca lã

É, divina flor de existência admirada
Cuja essência comove a todos em qualquer roupagem
Amanhã nascerá novamente a menina louvada
Para que possamos consagrar sua passagem

Que brindemos antecipadamente
Abrindo trilhas aos que não a conhecem
Abençoado seja seu brilho, para todo sempre
Pois quando brilhas, nossas dores padecem

Decimar Biagini (primo carnal, irmão espiritual, amigo observador e compadre orgulhoso)

sexta-feira, 10 de maio de 2013

EU PERDI A MINHA VERVE



 
Eu perdi a minha verve
Já faz um certo tempo
O inverno não trará neve
E o outono não tem vento

As folhas estão paradas
A poluição deturpa meus olhos
As pessoas estressadas
Não encontram seus escolhos

Eu perdi a minha verve
Isso já não me surpreende
Ao poeta nada serve
Ler uma escrita que se vende

Quanto mais dos outros
Enquanto seu poço está seco
São como interrompidos coitos
Cessados por iogurte grego

O meu leite já não ferve
Sem aditivos cancerígenos
Eu perdi a minha verve
Tragam de volta os alienígenas

Decimar Biagini

sábado, 30 de março de 2013

TRÂNSITO FILOSOFAL



Observe as ruas de sua cidade, estamos sempre voltando para casa, ninguém se lembra de como chegou ao trabalho. Acredito que o bafômetro deveria ser substituído pelo sonômetro. Não são raras as vezes em que em uma preferencial você encontra um condutor sonolento invadindo seu espaço sem sequer saber o sentido da sua ira ou escutar a velha e consagrada frase que melhor define o significado da palavra caos social: - "Ei idiota, olha por onde anda".
A propósito, não demora muito o google disseminará o mecanismo em que eu poderei digitar esse texto por um comando de voz utilizando óculos enquanto dirijo, então o guarda municipal terá que encontrar um antídoto apropriado, talvez nos proíba de usar óculos, aí, finalmente, estaremos todos livres.
Nos aproximamos apocaliticamente do melhor tempo vivido na terra, não há dúvidas que a ideia fabulosa de sete bilhões de cérebros pensantes interligados levantando todo dia para buscar os louros do suor consumista abreviem sua existência com um simples clique de um menino mimado.
Imaginem que este tempo se aproxima, ao verificar em seu quintal se alguma coisa no seu belo café da manhã veio de lá, em positivo, perguntem-se da hipótese de já estarem mortos e que este ritual já não se opera no mundo global por uma questão óbvia, sendo escaços os quintais, são parcos sobreviventes as pessoas que tem tempo para observar isso, quando se dão por conta, já estão plantando nos jardins da terra prometida.
Mas vou encerrar esta divagação, já não há mais justificativa para escrever algo enquanto o quintal ganha aspecto de mato, hora de cuidarmos de nossos quintais quiméricos.

Decimar Biagini

sexta-feira, 22 de março de 2013

ACRÓSTICO NOP


ACRÓSTICO NA NOP (DIA 22 DE MARÇO)

E m alguma profundeza
S apiente e calmo
T omo minha cerveja
O bservando o outono
U  mbrais de tristeza

E  nvolvendo-se no trono
M ovem-se em minha cabeça

T rovejando em meu rumo
R astros que apaguei sem certeza
A nsioso em buscar o consumo
N a infomaré de vasta riqueza
S ôfrego, como rastilho de fumo
F omento páginas de pobreza
O rando por outros sem prumo
R indo da própria incerteza
M udo rápido meu desabono
A ssumo uma visão otimista
iÇo a vela, viro a mesa 
à nsia de quem é o próprio dono
O rvalhado pela nova conquista

Decimar Biagini

sábado, 9 de março de 2013

QUANDO RECEBI MEU PRIMEIRO PAPIRO



Talvez fosse a hora
De fechar esta janela
Sangue de outrora
Estampado em sua tela

Alguns estilhaços
Algumas condensações
Amigos escaços
Talvez certas decepções

Hoje, observo meus passos
Nesse virtualismo de ilusões
Vejo com Wasil, meus laços
Tivemos boas ilustrações

Palpável é o presente
Recebi pelo correio
Amizade para sempre
Com surpresa logo veio

Uma árvore plantada
Lá na estância de meu avô
Uma criança encantada
E um livro que se registrou

Essa vida é surpreendente
Algumas amizades vem de longe
Sempre próximos da gente
Ficam lá onde o coração se esconde

Decimar Biagini

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

ENCHENDO A POESIA



Há possibilidade
De discutir um tema
A hipótese é criatividade
E a rima forja o poema

Um julgamento em conjunto
Lançado na verve do artista
Antes que esgote o assunto
O leitor observa e conquista
Aquilo inobservado por muitos

A via não é adequada
Para quem não curte ludismo libertário
O poema não vale nada
Quando escrito num egoísmo sem páreo

Vamos correr juntos meu caro leitor
Pela mesma linha libertária
Num enaltecer de cegos sem cor
Numa surdez insensata
Unidos pela semântica dor

Decimar Biagini

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

AVENTURAR-SE EM CARMA


AVENTURAR-SE EM CARMA

Eu não me refiro
As coisas às quais já me referi
Eu não indefiro
As solicitações que já indeferi

Saber dizer não
Só serve para terapia
Hoje o sim é solução
Para meu dia a dia

Qual o seu interesse?
Vou defendê-lo até o final
Mês? Pode pagar nesse?
Não pode fazê-lo, faço igual

Decimar Biagini

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ACÚMULOS JANUÁRIOS


ACÚMULOS JANUÁRIOS
Processos
Gorduras
Recessos
em ternuras

Possessos
Fervuras
Excessos
de literaturas

Férias para quem?
Contas para mim
Férias só no além
Se merecido o fim

Decimar BIagini

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

UM NOVO ANO


UM NOVO ANO


No primeiro ano sóbrio
Em que inicio um desafio holístico
Leio uma literatura febril
Em que a abordagem é metafísica

Alguma dúvida lançada ao nada
Certas promessas, inalcançáveis
Me tornam escravo da palavra
E idéias presas são vendáveis

Quase nada me assusta
Pois segui o protocolo das uvas
A comilança foi bem robusta
E acordei com o barulho das chuvas

Alguns raios ficaram para trás
Presos a medos existenocialistas
E meus ensaios de poesia ineficaz
Foram queimados com algumas revistas

Era preciso, pois o churrasco do ano novo
É mais importante que o ego de outrora
E confuso, aparo o casco, enquanto olho o fogo
Hoje sou coadjuvante da nova alma que aflora

Sinto leveza com a paternidade, novo jogo
Talvez seja esta a ilha, na bonança, encontrada
Pois a beleza de verdade, não está no ano novo
Mas na mudança atitudinal diariamente operada

Espero que todos encontrem esta vontade
Vivenciem cada dia como quem rompe a casca do ovo
E mestes sentimentos que beiram a liberdade
Alcancem sintonia musical interior, registrando-na a rogo

Pois tão bom era quando não sabíamos assinar
Não havia responsabilidade na melodia pueril

Decimar Biagini

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

AB INITIO


AB INITIO
Doutora,


Ab initio, não gosto quando indeferes liminar de miserável
Tampouco quando escreves omitindo teu posicionamento

Entrementes, a forma elitista com que te posicionas intocável
Deixa rouco, até o rei das plebes, irresignado com teu isolamento
Não se trata de ser respeitoso ou desrespeitoso, mas indesejável
Ser bem quisto por ser empregador, e mal visto por ser doutro estamento
Nos remete a chibata do mal feitor em retrocesso horroroso e inaceitável

Ad ultimum, o fato do trabalhador litigar com advogado 
não significa aptidão para ser escamoteado
Salve o duplo grau de jurisdição e abaixo o togado entojado

Decimar Biagini*

___________________
A poesia acima pode não expressar a opinião do Autor
Tampouco pode apresentar semelhança com algum caso verídico
O que vale para este rodapé ridículo, medroso, e sem cor

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

LIVRO VIRTUAL - HOMENAGEM AOS 4 ANOS DA NOP - WASIL SACHARUK E DECIMAR BIAGINI

Segue anexo o livro que chancela os quatro anos de amizade com o Mago das Letras, Wasil Sacharuk, trata-se de relatos, conversas e atividades lúdicas que se perpetuaram nesse tempo acelerado da literatura moderna.

Valeu Wasil, pela grata surpresa de editar o livro "Da Janela Virtual".


Os amigos que querem baixar podem acessar o link:




Qual tema nos poemas mais te atrai?