Não sou a luta, nem a dor exposta
Mas o silêncio em paz, firme e bendito
Como a água, eu me dou — não me contenho
Fluo por entre as frestas do destino
Não busco ser, apenas me desempenho
No dom de ser canal do mais divino
Não há oponência em meu poetar
A força está em não resistir ao Todo
Rendo o meu ego ao ato de doar
Desperto ao ver que ser não é ter modo:
É com o coração escutar, e respirar
E ser, em cada gesto, a própria pira e o fogo
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