DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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quarta-feira, 25 de junho de 2025

Paz Profunda

Paz profunda


Silêncio respira

Portas cerradas, vazias

Só o eco fica

 

Entre o limiar do peito, e o abismo do não ser

O mundo se cala, sem permissão

 

Sou ninguém, sussurro

O nome afoga, no trigal

O sapo me ouve

 

No vento calado

Meu nome curva, sem dono

Sou só, e sou par

 

Trem da vida pára

Entre folhas congeladas

A Alma vigia

 

A grandeza curva o joelho

Diante do que não via, canta a cotovia

 

Ser ninguém, é tudo

Quando o mundo é só ruído

Eco fica mudo

 

Fecho a porta, e sou ninguém

O universo me pertence

No silêncio, sou alguém

 

Sociedade é véu

Que a Alma escolhe, ou despedaça

Pedra, é mais que céu

 

Os que batem à porta, não sabem

Poeta se fecha por dentro

Como o céu, da mente

 

O Imperador veio

Mas a Alma se fez rocha

Portas sem freio

 

Na tessitura que hoje sei, da tocha

Mora o reino, onde só Jesus é Rei

 

Ser ninguém, me faz inteiro

Nas coxilhas calo ante Sua lei

Seu madero, é mensageiro

 

Com ego e seu dom

Sapo anuncia bom nome

Eu sigo, sem som

 

Que toquem as trombetas, de quem não tem voz

Que ecoe o segredo, entre os portais de nós

Alma escolheu, sem sombra, perdoarei

Na pedra do peito, com Ele ficarei

 
Trigo sussurra, verdades ao vento

Nome se apaga, no esquecimento

Mas dentro do nada, uma chama se ergue

E o Ninguém é chama, que nunca se perde

 

Não vendo meu nome, nem busco o troféu

Silêncio é meu trono, o vazio é meu céu

Deixo o mundo gritar, sua vã multidão

Sou perdão, sem névoa, sou quieta canção

 

Decimar da Silveira Biagini

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