Abrindo a vidraça no alto a manhã
suspira a doçura do sol nos telhados
as coxilhas brotam num canto de lã
que aquece os silêncios dos campos dourados
A brisa desliza no rosto sutil
como um velho afago de tempo e memória
a cidade respira seu passo febril
mas o campo lá fora impõe sua história
Do quarto andar vejo o mundo acordar
com o céu tão azul sem nuvem ou pranto
e o frio dançando no ar sem cessar
como um leve segredo em véu de encanto
Cruz Alta desperta em seus tons de paz
com doçura antiga que o peito refaz
Decimar da Silveira Biagini
03 de maio de 2025
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