Não há espera descrente
Cada instante pulsa
Olhar resplandecente
Viver o agora é tudo
Meta distante ou urgente
Perde-se a inocência
Alma inspira o vivente
O verso pulsa fecundo
Raiz em silêncio
guarda o grito do poeta
o ser ainda é
Vejo antigo álbum
mil rostos de mim
Qual sou? Me pergunto
Voa a folha seca
sem destino ou lamento
livre como o ar
Acorda o ancestral violino
no armário empoeirado
Ouço cordas em desatino
Dançam os pincéis
no compasso da alegria
cores respiram
Mãos que se ofertam
curam quem as dá
Paz ganha caminhos
O sino ressoa
Nem todos escutam
A alma desperta
No vapor do chá
cabe o mundo em paz
Tudo está lá
O dia termina
com um suspiro no peito
oro por sentido
Gratidão dá guarida
Poeta sorri, alma se abre
No leitor ganham vida
Decimar da Silveira Biagini
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