No deserto em véu de areia
Moravam almas em prece
Guardando o que não se esquece
Na luz que a verdade semeia
Chamavam-se os Essênios
Viviam entre o céu e o chão
Esperando em devoção
O mestre dos milênios
Veio o Cristo tão sereno
De olhar além do sentido
Com um verbo não contido
E um silêncio sobre-humano e pleno
Falava sobre os caminhos
Que a alma traça entre planos
Como os ciclos mais humanos
Feitos de flores e espinhos
Ensinava reencarnar
Como a semente que morre
E da terra que tudo absorve
Renasce para frutificar
Disse com voz envolvente
Que o mundo tem dimensões
Como finas divisões
Na cebola transparente
No centro vibra o concreto
Denso como o sofrimento
Mas cada novo momento
Revela um plano mais reto
[REFRÃO]
Sopra o shofar nos caminhos
Canta a gaita a direção
Jesus revela os destinos
Por camadas de expansão
Os discípulos atentos
Ouvindo com emoção
Sentiam no coração
Mistérios em movimentos
Não há fim só travessia
Cada plano é um degrau
Para o espírito imortal
Na luz que se irradia
E esse cordel que te alcança
Não conhece tempo ou fim
Nasce onde tudo é jardim
E a fé floresce na esperança
[REFRÃO]
Sopra o shofar nos caminhos
Canta a gaita a direção
Jesus revela os destinos
Por camadas de expansão
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