Deus não morreu, não.
Foi semeado no peito
como luz que arde.
Moral que declina
é só casca que apodrece
surge a flor interna.
Do fim da fé velha
germina o Ser prometido
além da morte.
Temer o fim? Não.
A alma, em silêncio, dança
na aurora mística.
Não há mais castelos
nem tronos para os eleitos
todos são templo.
Rui o dogma vão.
Ergue-se a flor invisível
do Uno em nós.
Religião cede
ao perfume do Espírito
sem nome e sem dono.
A alma universal
não cabe em rito estreito
é fogo e canto.
A aparência cai.
O que resta é chama pura
em meio ao caos.
Ao fim do mundo,
não há fim — só o início
do eterno dentro.
Quem conhece a luz
ri das sombras do passado
nada o desvia.
O mal se dissolve
quando o sol da verdade
desnuda o Ser.
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