DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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segunda-feira, 5 de maio de 2025

A Fonte no Deserto

A Fonte no Deserto, pelo poeta Cruz-altense Decimar

O Vazio

vai,
cai no
desconhecido.
Sombras confundem
as formas que o tempo já tinha esquecido.

Impulso

Vai,
sem
voltar,
segue o fluxo,
sem bússola ou norte,
seu passo se guia por algo mais forte.

A Fonte

Luz
brota,
tão sã,
sem horizonte.
Nasce e já se esconde —
no toque da água, renasce a fonte.

Oásis

Sim,
vem
do chão
vida plena,
verde que fulgura,
quando o seco sente a mão da ternura.

Os Três

três
que vêm,
caminhantes
na mesma procura,
sedentos de alma, de fé, de doçura.

Revelações

Um
diz:
“Sou luz,
Buda é meu ser.”
Outro fala: “Eu sou Cristo.”
“Maomé”, o terceiro, com ar tão misto.

Silêncio Cósmico

Noite.
Brilha
o céu vasto
com frio esplendor.
Silêncio se impõe,
como se a culpa tocasse o Senhor.

O Retorno

Vai,
sai
do ermo,
já florido,
busca o lar de novo,
um jardim que outrora já fora seu povo.

O Guardião

está
um ancião
com olhos de chão:
“Quem vai e retorna
é quem ama a vida que a terra entorna.”

A Lei da Terra

“Sim”,
diz,
sorri,
“com razão,
tudo que floresce
há de se sublimar para que a luz recomece.”

O Consolador

Irmão do bem, tua dor me alcança,
mas sei que a fé nunca se cansa,
na luz do Todo, a esperança dança.

Teu silêncio é oração sentida,
e tua ausência, jamais esquecida—
és chama viva, és voz da vida.

A inspiração pode até tardar,
mas tua alma vive a semear
justiça, amor, o verbo amar.

Sigamos firmes, com passo e mão,
bebendo a fonte da compaixão,
no templo eterno do coração.

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