No silêncio além do tempo
ecoam harpas siderais
O Verbo molda o pensamento
no oceano dos vitrais
O jardineiro ergue as mãos
lança sementes ao porvir
o solo é pura vibração
o que plantar há de florir
Se ergues templos de esperança
colherás fogo celestial
mas se alimentas a vingança
verás ruínas no final
O subconsciente é um marujo
velas erguidas sem pensar
navega a rota que lhe entregas
não sabe aonde quer chegar
O programador atento e sábio
escolhe códigos do além
se diz Eu sou a luz eterna
será mil sóis que vão além
O corpo é sombra do segredo
espelho vivo a refletir
se dizes Eu sou cura e vida
a carne há de ressurgir
Escuta alma esta verdade
pois és navio e capitão
se entregas rumo ao caos e à dor
farás do mar teu turbilhão
Mas se respiras pura luz
e ao superconsciente alinhas
rompes o véu da ilusão
e ergues asas diamantinas
Decimar da Silveira Biagini
08 de fevereiro de 2025
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