Soneto Livre à Fantasiosa Bolha
Verdes serras, livres do pobre ofício
Sopra o vento no silêncio da verdade
Rocha ergue-se além da vaidade
Céu abraça o chão sem sacrifício
Mas lá embaixo um clube de prestígio
Com seus campos perfeitos aparados
A bolha esconde o eco dos cuidados
Num mundo feito só de privilégio
Ali o narcisismo é reverência
Espelho de poder reflete a fantasia
E o ouro paga o preço da aparência
Nesse cenário cheio de poesia
Ri-se do ego inflado na ausência
A grandeza é mãe da solidão vazia
Decimar da Silveira Biagini
19 de janeiro de 2024
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