Antes da escrita propagada
Eram exímios menestreis
Noticiavam de forma rimada
Como nos nodernos cordéis
Após a escrita, ufanistas
Escreviam feitos e músicas
Tornaram-se bons artistas
Teatrólogos e romancistas
Homéricos feitos
Deuses e deusas
Armaduras e vestidos
Alegrias e mágoas
Torneios e jogos
Castelos, e famas
Fome e fartura
Bruxas e magos
Pé de Coelho e ferradura
Epitáfios e afagos
Criador, mundo e criatura
Mares, rios e lagos
Pesadelos e sonhos
Nas armaduras do amor e perdão
Tímidos ou medonhos
No esmero ou improvisação
Mas assim é até hoje
Embora poeta seja vocação
Não se enriquece nem de longe
Tudo feito por amor, catarse ou distração
Mesmo que sem salva de palmas
O poeta vai onde o leitor se esconde
Timoneira verve das almas
O conduz até além do horizonte
Decimar Biagini
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