BOTOS-BRANCOS
_________________________
Uma conflitante opinião
acerca de tão delicada
e importante discussão
foi recentemente publicada
Pelo colunista Paulo Santana
Como conseqüencia
da dispensa de licitação
Com freqüencia
fala-se de estádio sem construção
Nada saiu do papel
Deixando-se para a última hora
O projeto segue revel
Então virá a copa, e vamos embora
Se criará então o gasto na urgência
Por conta da demora dos executores
Então abrirão os cofres com violência
E teremos perdulários governadores
Após a copa, Uiaras* em decadência
Perderão as bandeiras, as cores
Não justificando mais sua existência
Serão filhos esquecidos por atores
Que lucraram ao custo da nossa demência
Decimar Biagini
___________________________________________________________
Na África do Sul, após a copa, alguns estádios sequer continuarão sendo utilizados, rotulados então como Elefantes Brancos.
Elefante branco é uma expressão idiomática para uma posse valiosa da qual seu proprietário não pode se livrar e cujo custo (em especial o de manutenção) é desproporcional à sua utilidade ou valor. O termo é utilizado na política para se referir a obras públicas sem utilidade. (Wikipedia)
Como aqui no Brasil não temos Elefantes, o maior animal nativo é o nosso Boto, existe o boto-rosa e o boto-branco (esse também conhecido como Uiara), daí a analogia aplicada no poema.
Cinco dos doze estádios da copa serão potenciais botos-brancos, isso inclui os estádios de Brasília, Cuiabá, Manaus, Natal e Recife, que já estão que já foram licitados mas com certeza terão enormes aditivos para coplementar a urgência, o que fará com que haja dispensa da licitação ao final do prazo, provavelmente ficarão vazios depois da Copa, já que as cidades em que estão sendo construídos não contam com clubes de futebol muito populares ou não têm um número de habitantes que justifiquem seu tamanho. (Informa o Portal Terra)
O Poema acima saiu de um improviso no concurso da Comuna NOP. Santana é colunista diário do Jornal Zero Hora.
Segunda Serenada
-
Segunda Serenada
Penso que o dia soberano
É aquele da missão vivida
Sem um ritual tão arcano
Numa simplicidade obtida
Um silêncio nada insano
Um recanto p...
Há um dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário