Das esmeraldas copiadas
Fiz topázio de minh’alma
Garimpando nas lavras
Fiz remédio para o trauma
Irá Deus com sua picareta
Revelar a mim, em olhos d’água
Nessa mina tão obsoleta
Que aponta a escassez existencial
Cujo arco-íris sombreado de mágoa
Nada revelou em seu final?
Cruzo hoje pelo céu frio
Dissipando nuvens de sonho
Na poesia que se constituiu
Em um pesadelo medonho
Desse mar de ilusões
Cuja sina de meu nome
É dizimar versos e emoções
Enquanto a rima me consome
Nada restou desta busca
Todo ouro que obtenho logo some
A solidão agora me assusta
Tento comer, mesmo sem fome
Decimar Biagini
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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