Eu precisava tanto voar
mas, sem asas, sem avião.
Pudesse sem dúvidas flutuar
sobre as casas, sem direção.
Não suporto o assunto da inflação,
governos, traficantes, transeuntes,
pessoas descalças, crianças sem educação,
mestres com salários frustrantes,
remédios em falta, hospitais com superlotação.
Eu nasci querendo ser mais que as águias,
mas, hoje já invejo as tontas moscas.
Irão os cruéis deuses das profundas águas
emergir trazendo pérolas das ostras,
e oferecer a ao plebeu o status de Mestre?
Talvez nesses poucos dias, algo me reste,
e venha a esquecer a memória sem desafio.
A me lançar além das nuvens, com brilho.
Decimar Biagini
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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