Num adeus de despedida
à mentira desmedida
Dos meus anos de vida
Buscando sombra amiga
Entre soluços e mágoas
Com olhos rasos dágua
ouvindo triste cantiga
na saudade que castiga
Nessa vida de proscrito
Cuja dor é a de poeta
O que resta é o escrito
Numa quimera incompleta
Sempre fora minha vontade
Velho anseio de teatino
Ver no caminho a verdade
Que perdi desde menino
Mas agora já é tarde
no poente encerra o destino
No peito ainda arde
o orgulho de um leonino
Não consegui ser rei da selva
Sequer de Deus tive clemência
O que li talvez não mais sirva
Querer saber me trouxe demência
Resta arrematar a existência
Nessa versada velha sem rumo
Ao leitor deixei a consciência
De que a rima não dá nem pro fumo
Eu escrevi pouco pelo tanto que vi
Talvez um leitor, uma coincidência
Partilhe comigo o pranto, antes de ir
Decimar Biagini
Segunda Serenada
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Segunda Serenada
Penso que o dia soberano
É aquele da missão vivida
Sem um ritual tão arcano
Numa simplicidade obtida
Um silêncio nada insano
Um recanto p...
Há 14 horas
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