DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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sábado, 19 de fevereiro de 2011

O ADEUS DO POETA

Num adeus de despedida
à mentira desmedida
Dos meus anos de vida
Buscando sombra amiga

Entre soluços e mágoas
Com olhos rasos dágua
ouvindo triste cantiga
na saudade que castiga

Nessa vida de proscrito
Cuja dor é a de poeta
O que resta é o escrito
Numa quimera incompleta

Sempre fora minha vontade
Velho anseio de teatino
Ver no caminho a verdade
Que perdi desde menino

Mas agora já é tarde
no poente encerra o destino
No peito ainda arde
o orgulho de um leonino

Não consegui ser rei da selva
Sequer de Deus tive clemência
O que li talvez não mais sirva
Querer saber me trouxe demência

Resta arrematar a existência
Nessa versada velha sem rumo
Ao leitor deixei a consciência
De que a rima não dá nem pro fumo

Eu escrevi pouco pelo tanto que vi
Talvez um leitor, uma coincidência
Partilhe comigo o pranto, antes de ir

Decimar Biagini

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