O conhecimento abria perspectivas
As escolas se multiplicavam
Havia amadurecimento de cientistas
Que humanamente se solidarizavam
Horas e horas de dedicação
Num projeto desacreditado por muitos
Exaurida a vida numa invenção
Ridicularizada por sagrados cultos
Não quero calar o meu grito
Talvez eu escreva a canção
Do nó amargurado e aflito
No abismo do meu próvio vão
A fé pode dar o motivo
Mas a vida pede razão
Hoje as informações estão democratizadas
Tão acessíveis, na era da cultura virtual
Espectadores com opções nada limitadas
Participando ativamente em um novo portal
No entanto, as promessas básicas
De expandir a qualidade de vida psicossocial
Do homem moderno, caiu em lágrimas
Em contato direto com a solidão, a mentira e o mal
O índio não quer mais apito
Vestiu canarinho e calção
Levou muito a sério o incentivo
De ver o Brasil campeão
Mantém o desejo vivo
Comendo migalhas de pão
Onde estão os pensadores modernos?
Dando golpes em cartão de crédito?
Invadindo Wall Street com seus ternos?
Onde estão os engenheiros de ideias criativas?
Burlando o PAC ou estádios na copa 2014?
Economizando em material para tragédias inventivas?
O governo dá o tom e o crivo
Deixa esse povo na mão
Do congresso ao executivo
Serviço sem prestação
O objetivo exclusivo
É dar asas para a ambição
Onde estão os poetas da inteligência
Que desenvolveram a arte de pensar
Com suas obras completas por excelência
Que extenderam ao leitor um evolutivo desvendar?
A vida largada aos confins da indiferença
Nem se percebe a vastidão dos passos
Cidadania agora é respirar esperança
E o fim solidário num imenso abraço
Por fim, ficou cansativo
Cumprir papel de cidadão
É mais fácil ser subversivo
Sem saúde e nem educação
Não haverá homem altivo
Abaixo do cu de um cão.
Decimar Biagini e Wasil Sacharuk
Segunda Serenada
-
Segunda Serenada
Penso que o dia soberano
É aquele da missão vivida
Sem um ritual tão arcano
Numa simplicidade obtida
Um silêncio nada insano
Um recanto p...
Há 14 horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário