DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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sábado, 11 de dezembro de 2010

ESPERANÇA ENCHARCADA

Eu sou aquele que ficou sozinho
Escutando a chuva na espera da musa
Eu sou aquele triste passarinho
De asas molhadas na gorjeada reclusa

Tudo observo, tudo relato, pouco sinto
Pois o amor e a saudade me ocupam
Aqui da gaiola, o silêncio do recinto
Parece querer falar com as gotas de chuva

A ansiedade, o conforto do poema
Trocaria neste instante pela presença dela
Minha verdade, minha flor alfazema
Idolatria triunfante de uma crença sem vela

Jogo então as asas contra a chuva
Na segunda tentativa de sair pela janela
Rogo com devoção, mas caio como uma uva
Fora do cacho, sem asas para voar até ela

Alucinatória revoada na sonda da consciência
Sofro com a pancada da chuva, novamente a insistência
Sem a musa sou um nada, na solidão dessa existência

Decimar Biagini

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