Em voz baixa e anelante
Ali jazia um poeta amador
Subitamente seu semblante
Mostrava seu grande temor
Fazendo um grande esforço
Pediu para a enfermeira
Que lhe beijasse o pescoço
Ela disse: que besteira
Se ao menos fosse um moço
Mas é um velho sem dinheiro
Ele então treme como em febre
Pede uma caneta e um papel
Seu pensamento corria como lebre
Em poucas linhas fez um cordel
Seu espírito perturbado
Pediu que a moça lesse aquilo
E então, em choro revelado
Juntou à boca do poeta seu mamilo
Decimar Biagini
Segunda Serenada
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Segunda Serenada
Penso que o dia soberano
É aquele da missão vivida
Sem um ritual tão arcano
Numa simplicidade obtida
Um silêncio nada insano
Um recanto p...
Há 17 horas
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