Correm os olhos sob as tábuas
Baixam lentamente, rumo ao canto
Afoga-se o peito em mágoas
Soa a música em puro pranto
Na tomada, existe algo plugado
Mas o desânimo foge da alçada
Sequer escuto o televisor ligado
A mente parece viajar na madrugada
Corro a barra de rolagem ansioso
Sinto que prefiro ser aquilo que não pude
O único consistente, é o verso formoso
A rima já formou opinião, mesmo que rude
Amanhã eu odiarei este versejar
Pois retratará minha fraqueza
Prefiro então não mais comentar
Quiça recolher as cartas da mesa
O que me resta, é dormir
E torcer para que esqueça o que disse
Antes que a verdade queira surgir
E que eu possa me retirar,
Antes que eu mesmo a visse
No tracejar do retrato poético....
Decimar Biagini
Segunda Serenada
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Segunda Serenada
Penso que o dia soberano
É aquele da missão vivida
Sem um ritual tão arcano
Numa simplicidade obtida
Um silêncio nada insano
Um recanto p...
Há 4 horas
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