Eu fui ali, onde o verso se expande
Fui na rodoviária, esperar o Rio Grande
Buscar meus pais, sim, agora é minha vez
Antes eram eles a me esperar, no nono mês
Eu pensei em tantas coisas enquanto aguardava
No por que o tempo ligeiramente passava
Tudo que tenho hoje, são eles, minha essência
As folhas, o vento, estreitamente são nada
Mas o sangue que corre deles, são a permanência
Liguei as chaves, num relance, escutei suas falas
Pensava no por que de meu pai ser tão igual
Minha mãe indagando-me sobre coisas normalas
Meu pai a falar do tempo, e eu a pensar no final
Sim, sempre pensativo, na reles existência
Mas a cativar o que tenho pela verdade
No puro sangue de minha sublime descendência
E o pensar, é verbo, a se estender pela idade
Decimar Biagini
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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