Quando o véu da noite cai sobre o domingo
E a brisa calma se faz cama para o luar
A barriga pesada impede que eu vá dormindo
Culpa do churrasco e daquela costela de engraxar
Ao lembrar da carne gorda
O sorriso se transformava em magia
Naquela cena ela dizia me morda
E a caipirinha meu apetite abria
Por um momento me perco no passado
Meu pai a chamar-me pelo nome
Dizendo que já estava pronto o assado
E o coraçãozinho me deixava sem fome
Versos e rimas se propagam nessa hora
Mas também gosto de lembrar de minha mãe
Ninguém nunca bateu a maionese daquela senhora
Largava colheradas às visitas e dizia: - não se acanhe
Dentre tantas reminiscências gostosas
Que me fazem perder-me em versos e prosas
Duvido que algum sentimento maior me ganhe
Que lembrar dos domingos com meu pai e minha mãe
Decimar Biagini, 1 de março de 2009
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