Seu partir é o momento em que procuro respirar
Pois o fôlego recupero na espera de nova surpresa
Quando você retorna com aquele mesmo cheiro que deixou no ar
Sinto-me como um leão farejando faceiro a sua presa
Nossos momentos, mistos de dança e combate
Cujos gemidos ressoam como gritos de trégua
Depois tudo se acalma num sorver de um mate
E é então que nossos olhos procuram nova regra
Agora pensando bem, nessa saudade que me abate
Não faz nem uma hora
Parece tanto tempo minha senhora
Quando o amor vem, sempre é ligeira sua posse
Quão longa e solitária é a espera
Mas quando você vem, me sinto uma cachoeira
Meu curso tem queda livre em um crônometro que zera
E é então que você se joga ao chegar em minha beira
Decimar Biagini
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