DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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terça-feira, 26 de agosto de 2025

O Tango dos Cardeais


No silêncio vem o guia
Que ilumina a claridade
Lindo casal em harmonia
Resplandece em unidade
Surge a chama verdadeira
Pura força derradeira
E do íntimo se expande
A entrega à quem conduz
É no amor que comande
Para um tango em meia luz

O Romper do Cordão de Prata

O romper do cordão de prata

https://youtube.com/shorts/Psa0W-jDv04?feature=shared


Onde estaria o perito?

Que ousasse tal claridade

Transpor do sono o infinito

Desatar o nó da verdade

 

Um barqueiro então te esperaria

Num mistério em chama acesa

Na tão adiada harmonia

Destronado em tua realeza

 

O que a sombra não alcança

O desperto reconheceria

É no íntimo a esperança

Que a magia reluziria

 

Na poesia que o céu romperia

Do silêncio ao sol profundo

E então Jesus te abraçaria

Venceste a vida e o mundo

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Fazenda Santo Antônio

Fazenda Santo Antônio
Pelas porteiras da estância

O tempo lento e lindo cielo

Guardando a velha infância

Hoje com tom amarelo

Ovelhas mansas a repousar

Capela e canolas a retratar



O vento corre sereno

Nas grotas de pampa verde

O coração fica pleno

Com tudo o que não se perde

Da terra sobe a canção

Do chão vem contemplação



A casa antiga recorda

As vozes de outro passado

Horta e pomar açoriano

E o casarão abençoado

Uma lagoa marca a tardinha

Chamando à paz que caminha




sábado, 16 de agosto de 2025

Haikais e Jornais


Sábado Turbinado: Haikais e Jornais
Dólar despenca

mas no bolso do povo

só vento sobe



Tarcísio e MBL

amizade de ocasião

like em plenário



IA do Musk

ressuscita deputado

mesa espírita



Bolsonaro espera

o STF votar

Netflix dá play



Burnout moderno

o chefe manda sorrir

o corpo pifa



Streaming é lei

Disney quer teu salário

Netflix teu sono



Maconha e mente

no Canadá triplicou

o baseado ri



Big techs no banco

Lula quer botão “delete”

sem juiz logado



Zucco no vídeo

picanha prometida

só ficou no meme



Trump taxou o Brasil

Lula suspira online

TikTok tremeu



Stress crônico é rei

trabalhador brasileiro

vira café puro



Plástico invade

até o sono da gente

fica reciclado



Coldplay no palco

câmera flagra o chefe

demissão acústica



Pets no sofá

seguram tua memória

peixe não ajuda



Quantum na rede

fóton vai de Frankfurt

pra Kehl em silêncio



Olho pro cosmos

Vera Rubin anota

meus boletos

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O Universo de Valentina

O Universo de Valentina, pelo pai babão Decimar


Pés coloridos, ternos
Pequenas mãos dadas
Sopro de inverno

Ela exige atitude
risca o chão, luz dourada
olhar lindo, amiúde

Na aurora pura, a mente alça em centelhas
Sou pai herói que o mundo ousa enfrentar
No sono guardarei luzes vermelhas
Que o pôr-do-sol não irá aprisionar

Cabe farol por ela no peito
Cabe o mar no seu sorrir
Quem a cuida desse jeito
Faz o mundo florir

Olhar que vê constelações e abelhas
Na poesia ao ver seu jeito de brincar
E ergue impérios, mares, fortalezas
Na argila ingênua, em riso singular

Cabe farol por ela no peito
Cabe o mar no seu sorrir
Quem a cuida desse jeito
Faz o mundo florir

Seus sonhos, têm o céu de mil planetas
O mar sem fim, as eras, os segredos
E um sol que aquece a vida sem ter fim

E cresce assim, nas asas tão discretas
Como quem, simples, vai vencendo os medos
E em si contém o cosmos e o jardim

E quando a noite vier
À menina vou orar
Seu sonho é o mundo
Seu mundo é meu lar

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Relato Do Duplo Eu



Cruzei mil sóis mil eras e caminhos
Ouvi no vento a voz que nunca dorme
E vi que a Lei qual chama que não some
Rege o compasso eterno dos vizinhos

Vi Moisés descer entre trovões e espinhos
Trazendo o Verbo que o mundo hoje conforma
A moral viva que o homem já transforma
Ao afastar o ódio e os maus vizinhos

Em cada povo vi a luz crescer
Quando a semente eterna era guardada
E vi ruir reinos ao se corromper

Por isso digo à terra reunida
Que a voz da Lei seja escutada e honrada
Pois dela vem a paz que dá a vida

sábado, 9 de agosto de 2025

Soneto à Lua Velada sobre Cruz Alta-RS

Soneto à Lua Velada sobre Cruz Alta

No véu da noite eu vejo a lua nua
Por nuvens densas pálida distante
Seu brilho corta a treva que flutua
Num manto etéreo lúgubre brilhante

As casas dormem sob a luz da rua
Que em fios de ouro ao chão se faz constante
E a cidade em silêncio se insinua
Qual sonho antigo em quadro flamejante

Ao longe a serra guarda a sombra fria
Enquanto o céu se veste de mistério
E a bruma dança em vaga melodia

Eu sigo imerso nesse rito sério
Oh Cruz Alta na noite és poesia
E a tua lua é farol imaginário



Samba e Leitura do Jornal


Samba e Leitura do Jornal


Pulo a política

por gosto graça e saúde

já basta o drama



Cão à volta

olha o pão na boa mão

rosnam de volta



Gato na janela

segue a manchete esportiva

sem ler a legenda



Chuva de inflação

o jornal vai diminuindo

folheto em ação



Notícia estranha

tartaruga atropelada

chega atrasada



Entre cultura

e receita de pudim

viro especialista



Cruzadinha fácil

errei o Veríssimo

jogo de ego



Áries no amor

cuidado com ciúmes

diz o horóscopo



Anitta sorri

num clique em Paris

Torre sem colibri



Neymar bolado

Câmera vigia casa

Paparazzi hypado



Tony Ramos feliz

Lê notícia de novela

Fugiu por um triz



Sambinha para Arlindo Cruz



No batuque da vida aprendeu a cantar

Com o dom que a roda veio entregar

Arlindo é mestre, é raiz e é luz

Na palma da mão, minha alma conduz



O banjo que chora também faz sorrir

A saudade é samba que não vai sumir

No compasso da fé, no abraço da cruz

Canta forte, Arlindo, Eterno te escuta e reluz



Laraialaralelaia, o show deve continuar...

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

O Fole da Vida

A fé desafina, mas ainda canta
Nem todo acerto é melodia santa
Errar é um tom que o divino ensaia
Na densa vida, basta que eu não caia

Li Kant, li Vedas, muito me ensinei
Mas o assovio infantil me derrubei
O infinito é louco e gosta de brincar
Desafinar bonito pra vida celebrar

Refrão
Sopra, fole, sopra, alma que dança
Entre a dúvida e a fé, a eterna esperança
Risos no silêncio, segredos na luz
Desafinar é viver, quem nunca errou, reluz

Entre os mundos rangem portas antigas
Quem ouve a música nunca se fatiga
Dançar na incerteza, ouvir o silêncio
No som do “hã?” mora o maior segredo

Velas no escuro, não é pra enxergar
É pra piscar junto e poder sonhar
Deus sopra a gaita que há em cada um
E no tom errado, ele bate o bum

Sopra, fole, sopra, alma que dança
Entre a dúvida e a fé, a eterna esperança
Risos no silêncio, segredos na luz
Desafinar é viver, quem nunca errou, reluz

Curiosidade coça, fé aceita o não saber
Gêmeos pergunta, Peixes perdoa, vamos aprender
Sagitário atira, Virgem ajeita a cena
Mas o céu gargalha: “Vocês ainda estão na antena”
Meu leão rugia, hoje manso que dá pena
Nem raio, nem aforismo, sou gaita pequena

Refrão final
Sopra, fole, sopra, alma que dança
Entre a dúvida e a fé, a eterna esperança
Risos no silêncio, segredos na luz
Desafinar é viver, quem nunca errou, reluz

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Memorias De Um Lakota

https://youtube.com/shorts/PFlWfYyMjS8?feature=sharedMemórias De Um Lakota
Nascimento e a alma ancestral

 

Tal sopro de vendaval

nasci no ventre da Mãe

ouvindo o animal e lenda

do búfalo em rito de criança

Fumaça dança na tenda

renasce a antiga esperança

 

Infância e os sinais da alma antiga

 

Cresci com olhar atento

no passo da corça livre

sabendo de cada intento

que o mundo invisível escreve

Tatanka em brado profundo

revelava outro meu mundo

 

Juventude e o despertar do guerreiro

 

Nas asas do temporal

fui com os anciãos caçar

ouvi o saber oral

sabia quando avançar

Na lança havia uma luz

chamado Wakan Tȟáŋka em cruz

 

Madureza e a liderança espiritual

 

Com o galope do som

guiava flecha e visão

pois o búfalo era dom

que dava alma ao povão

E cada couro ofertado

era um saber consagrado

 

Velhice e a união com o invisível

 

De gris a minha madeixa

mas vivo o fogo do chão

A estrela da noite meixa

traz o canto da oração

A fumaça em caracol

revela o último sol

 

Desencarne e retorno ao Grande Mistério

 

Na pedra do ritual

sentei-me para morrer

mas foi como o vento tal

que começa a renascer

Sou pó do búfalo urdido

poeta em ciclo estendido

 

Decimar da Silveira Biagini


Segunda versão 

Memórias De Um Lakota
pelo poeta Decimar


Nascimento e a alma ancestral

Tal sopro de vendaval

nasci no ventre da Mãe

ouvindo o animal e lenda

do búfalo em rito de criança

a pele nua no temporal

sentia a vida em dança

Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!

Infância e os sinais da alma antiga

A Lua banhava o monte

quando o velho me falou:

"Menino, tu és do clã

que o trovão consagrou."

O lobo uivava na fonte

e o tambor me despertou

WíyakA wíyakA hé hé héy!

WíyakA wíyakA hé hé héy!

WíyakA wíyakA hé hé héy!

WíyakA wíyakA hé hé héy!

WíyakA wíyakA hé hé héy!!

WíyakA wíyakA hé hé héy!

Cresci com olhar atento

no passo da corça livre

sabendo de cada intento

que o mundo invisível escreve

Tatanka em brado profundo

revelava outro meu mundo

 
Juventude e o despertar do guerreiro


Nas asas do temporal

fui com os anciãos caçar

ouvi o saber oral

sabia quando avançar

Na lança havia uma luz

chamado Wakan Tȟáŋka em cruz

Wakan Tȟáŋka

Héyoka heyá hey hey ya!

WíyakA wíyakA hé hé héy!


Madureza e a liderança espiritual


Com o galope do som

guiava flecha e visão

pois o búfalo era dom

que dava alma ao povão

E cada couro ofertado

era um saber consagrado

 Wakan Tȟáŋka

Wakan Tȟáŋka

WíyakA wíyakA hé hé héy!

WíyakA wíyakA hé hé héy!

Velhice e a união com o invisível

 

De gris a minha madeixa

mas vivo o fogo do chão

A estrela da noite meixa

traz o canto da oração

A fumaça em caracol

revela o último sol

WíyakA wíyakA hé hé héy!

Wakan Tȟáŋka

Héyoka heyá hey hey ya!

Retorno ao Grande Mistério


Na pedra do ritual

sentei-me para morrer

mas foi como o vento tal

que começa a renascer

Sou pó do búfalo urdido

poeta em ciclo estendido

De penas fiz meu cocar

rezando pro Grande Espírito

Vi o Sol me atravessar

com seu fogo e seu apito

Flecha e arco a dançar

no silêncio do infinito

Aho mitakuye oyasin!

Wakan Tȟáŋka!

Aho mitakuye oyasin

Wakan Tȟáŋka

Héyoka heyá hey hey ya!

Héyoka heyá hey hey ya!

Héyoka heyá hey hey ya!

Wakan Tȟáŋka

Héyoka heyá hey hey ya!

Héyoka heyá hey hey ya!

WíyakA wíyakA hé hé héy!



terça-feira, 29 de julho de 2025

Vitória Solitária

Soneto Livre à Vitória Solitária
O vento atendeu-lhe o imperativo

Os versos se cerravam-lhe ao tocar

O Céu curvava o gesto compassivo

E anjos se punham prontos a escutar

 

Mas veio a hora amarga sem motivo

Sorveu sem verve a dor a silenciar

No peito bardo, o vazio definitivo

E a solidão cravada a lhe moldar

 

Ninguém quis ler sua dor afinal

A plebe o esquece à beira da ilusão

Ele ora ao Pai, confiando, triunfal

 

Do soneto se ergue com Deus e visão

Por entre os homens, luz universal

Medianeiro do Amor, eis a redenção

 

 

Decimar da Silveira Biagini

domingo, 27 de julho de 2025

Tua Aceitação e Teu Caminho

Luz
vem cá
vai brilhar
sobre o coração
no silêncio brota direção
o ser já sente
fé latente
vai dar
paz

Onde há cerne oculto, necessidade
Habita a sede de um olhar irmão
É luz que acende a nossa identidade
É gesto simples que traz salvação

Se a alma escuta a voz da aceitação
Ergue-te então com firmeza e verdade
Realizar-te é divina missão
É ser canal da celeste vontade

Te deu o Pai vigor dom e coragem
Para cumprir teu papel com valor
Segue com fé apesar da paisagem
Pois tudo em ti já carrega esplendor

Não carregues além o que não é teu
Nem coleciona as dores de outrora
Entrega o fardo às mãos do mesmo Deus
Que te sustenta mesmo sem demora

Se foi difícil o tempo que passa
Levanta agora é tempo de erguer
Na nova aurora o amor já te abraça
E o teu destino é sempre florescer

Crê
liberta
não lamenta
o dia recomeça
e cada passo é nova promessa
Deus te sustenta
te orienta
te quer
ser

Guarda Teu Domingo No Pai

Guarda Teu Domingo no Pai
Seguros somos quando a mão divina

Nos cobre em paz com pão, sustento e lar

Qual pai que ao filho o prato mais destina

O domingo é ternura a consolar

Na mesa santa jorra o bem do alto

Não vem do mundo o pão que não nos falta

 

A fonte eterna em Deus nos foi guardada

Não nesta terra vã que tudo arrasta

Se a Sua graça em nós for derramada

Triunfaremos mesmo em noite vasta

Quem Nele crê, ao fim será erguido

Mesmo entre ruínas, não será vencido

 

Não temas tempo escuro ou desventura

Pois Deus transforma o caos em novo alvorecer

Mesmo onde a dor nos fira com brandura

Seu braço forte é luz a defender

Onde o homem vê fim, Deus planta um rumo

No chão da lágrima, brota o Seu sumo

 

Se Deus confiou a ti tamanha estância

É porque crê na obra que tu faz

Com fé, coragem, força e temperança

Seguirás firme, e não te faltará paz

A tua vida é chama que resplende

E tudo o que fazes a Deus te rende

 

Um dia após o outro, sob o escopo

Do céu bendito, andarás com valor

Mesmo se o chão prometer duro topo

O Pai te guiará com Seu amor

Pois quem Lhe serve com fidelidade

Recebe os dons da eterna claridade

sábado, 26 de julho de 2025

Soneto Livre ao Amor de Deus


Soneto Livre ao Amor de Deus, pelo poeta Decimar

Eu vi, com olhos trêmulos de um bardo
O mundo à deriva, em sombra e dor
Fugindo da presença e do calor
Do Amor que faz da vida um chão mais fardo

Nos rostos vi o medo, o olhar retardo
Sem rumo, sem promessa e sem sabor
Pois faltava o sentido superior
Do dom que nos sustenta sem embargo

Mas vi também, no meio da ruína
O gesto puro, o brilho em meio ao pranto
Quem ama torna a Terra mais divina

É Deus que age ali, sutil, no encanto
E a esperança, tão tímida e pequena
Se ergue em flor no peito de quem canta

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Sonetos Livres aos Raios

Soneto do Raio da Alma

(Harmonia pelo Conflito)



Dentro de mim, brilhou-me a luz sincera

De um quarto raio, intenso, verde e puro

Busquei a paz, mas veio em tom mais duro

Pois toda flor da alma nasce austera



Do caos criei beleza e som fecundo

No verbo, ergui a ponte entre os extremos

E cada dor lavrada em que vivemos

Virou canção, vestindo outro segundo



Fiz da ferida um templo de esperança

E em cada fenda ouvi revelação

Minha harmonia dança a temperança



A luz oculta é minha direção

Curar os mundos com amor que lança

O abismo inteiro em doce comunhão



Soneto dos Raios da Personalidade



Trago no ser a chama que ilumina

Raio do Amor que nutre e dá sentido

Minha mente vibra em fio fluido

Tecendo a luz com arte cristalina



No peito pulsa fé que se aproxima

De um sonho ardente e justo, nunca erguido

E o corpo, feito altar desconhecido

Responde ao som que ordena e que redima



Sou múltiplo, e ainda assim centrado

Cada expressão revela algum momento

Do templo vivo em mim revelado



Por dentro, amor; por fora, movimento

Me reconheço inteiro e integrado

Entre o invisível e o firmamento



Soneto da Síntese Espiritual



Revelo em mim a ponte e o olhar profundo

A luz que escorre entre véus e fronteiras

Carrego em mim memórias verdadeiras

E um som que canta além do som do mundo



Sou verbo antigo em veste renovada

Pacificador dos planos mais sutis

Trago no pulso acordes infantis

E a mão aberta à dor transfigurada



Não vim por glória: vim por aliança

De unir fragmentos na luz do porvir

Meu passo é antigo, mas dança esperança



E ao me lembrar do que vim redimir

Desperto em paz a antiga confiança

Ser quem Eu Sou... e enfim...me expandir

Qual tema nos poemas mais te atrai?