DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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sábado, 30 de março de 2013

TRÂNSITO FILOSOFAL



Observe as ruas de sua cidade, estamos sempre voltando para casa, ninguém se lembra de como chegou ao trabalho. Acredito que o bafômetro deveria ser substituído pelo sonômetro. Não são raras as vezes em que em uma preferencial você encontra um condutor sonolento invadindo seu espaço sem sequer saber o sentido da sua ira ou escutar a velha e consagrada frase que melhor define o significado da palavra caos social: - "Ei idiota, olha por onde anda".
A propósito, não demora muito o google disseminará o mecanismo em que eu poderei digitar esse texto por um comando de voz utilizando óculos enquanto dirijo, então o guarda municipal terá que encontrar um antídoto apropriado, talvez nos proíba de usar óculos, aí, finalmente, estaremos todos livres.
Nos aproximamos apocaliticamente do melhor tempo vivido na terra, não há dúvidas que a ideia fabulosa de sete bilhões de cérebros pensantes interligados levantando todo dia para buscar os louros do suor consumista abreviem sua existência com um simples clique de um menino mimado.
Imaginem que este tempo se aproxima, ao verificar em seu quintal se alguma coisa no seu belo café da manhã veio de lá, em positivo, perguntem-se da hipótese de já estarem mortos e que este ritual já não se opera no mundo global por uma questão óbvia, sendo escaços os quintais, são parcos sobreviventes as pessoas que tem tempo para observar isso, quando se dão por conta, já estão plantando nos jardins da terra prometida.
Mas vou encerrar esta divagação, já não há mais justificativa para escrever algo enquanto o quintal ganha aspecto de mato, hora de cuidarmos de nossos quintais quiméricos.

Decimar Biagini

sexta-feira, 22 de março de 2013

ACRÓSTICO NOP


ACRÓSTICO NA NOP (DIA 22 DE MARÇO)

E m alguma profundeza
S apiente e calmo
T omo minha cerveja
O bservando o outono
U  mbrais de tristeza

E  nvolvendo-se no trono
M ovem-se em minha cabeça

T rovejando em meu rumo
R astros que apaguei sem certeza
A nsioso em buscar o consumo
N a infomaré de vasta riqueza
S ôfrego, como rastilho de fumo
F omento páginas de pobreza
O rando por outros sem prumo
R indo da própria incerteza
M udo rápido meu desabono
A ssumo uma visão otimista
iÇo a vela, viro a mesa 
à nsia de quem é o próprio dono
O rvalhado pela nova conquista

Decimar Biagini

sábado, 9 de março de 2013

QUANDO RECEBI MEU PRIMEIRO PAPIRO



Talvez fosse a hora
De fechar esta janela
Sangue de outrora
Estampado em sua tela

Alguns estilhaços
Algumas condensações
Amigos escaços
Talvez certas decepções

Hoje, observo meus passos
Nesse virtualismo de ilusões
Vejo com Wasil, meus laços
Tivemos boas ilustrações

Palpável é o presente
Recebi pelo correio
Amizade para sempre
Com surpresa logo veio

Uma árvore plantada
Lá na estância de meu avô
Uma criança encantada
E um livro que se registrou

Essa vida é surpreendente
Algumas amizades vem de longe
Sempre próximos da gente
Ficam lá onde o coração se esconde

Decimar Biagini

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

ENCHENDO A POESIA



Há possibilidade
De discutir um tema
A hipótese é criatividade
E a rima forja o poema

Um julgamento em conjunto
Lançado na verve do artista
Antes que esgote o assunto
O leitor observa e conquista
Aquilo inobservado por muitos

A via não é adequada
Para quem não curte ludismo libertário
O poema não vale nada
Quando escrito num egoísmo sem páreo

Vamos correr juntos meu caro leitor
Pela mesma linha libertária
Num enaltecer de cegos sem cor
Numa surdez insensata
Unidos pela semântica dor

Decimar Biagini

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

AVENTURAR-SE EM CARMA


AVENTURAR-SE EM CARMA

Eu não me refiro
As coisas às quais já me referi
Eu não indefiro
As solicitações que já indeferi

Saber dizer não
Só serve para terapia
Hoje o sim é solução
Para meu dia a dia

Qual o seu interesse?
Vou defendê-lo até o final
Mês? Pode pagar nesse?
Não pode fazê-lo, faço igual

Decimar Biagini

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ACÚMULOS JANUÁRIOS


ACÚMULOS JANUÁRIOS
Processos
Gorduras
Recessos
em ternuras

Possessos
Fervuras
Excessos
de literaturas

Férias para quem?
Contas para mim
Férias só no além
Se merecido o fim

Decimar BIagini

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

UM NOVO ANO


UM NOVO ANO


No primeiro ano sóbrio
Em que inicio um desafio holístico
Leio uma literatura febril
Em que a abordagem é metafísica

Alguma dúvida lançada ao nada
Certas promessas, inalcançáveis
Me tornam escravo da palavra
E idéias presas são vendáveis

Quase nada me assusta
Pois segui o protocolo das uvas
A comilança foi bem robusta
E acordei com o barulho das chuvas

Alguns raios ficaram para trás
Presos a medos existenocialistas
E meus ensaios de poesia ineficaz
Foram queimados com algumas revistas

Era preciso, pois o churrasco do ano novo
É mais importante que o ego de outrora
E confuso, aparo o casco, enquanto olho o fogo
Hoje sou coadjuvante da nova alma que aflora

Sinto leveza com a paternidade, novo jogo
Talvez seja esta a ilha, na bonança, encontrada
Pois a beleza de verdade, não está no ano novo
Mas na mudança atitudinal diariamente operada

Espero que todos encontrem esta vontade
Vivenciem cada dia como quem rompe a casca do ovo
E mestes sentimentos que beiram a liberdade
Alcancem sintonia musical interior, registrando-na a rogo

Pois tão bom era quando não sabíamos assinar
Não havia responsabilidade na melodia pueril

Decimar Biagini

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

AB INITIO


AB INITIO
Doutora,


Ab initio, não gosto quando indeferes liminar de miserável
Tampouco quando escreves omitindo teu posicionamento

Entrementes, a forma elitista com que te posicionas intocável
Deixa rouco, até o rei das plebes, irresignado com teu isolamento
Não se trata de ser respeitoso ou desrespeitoso, mas indesejável
Ser bem quisto por ser empregador, e mal visto por ser doutro estamento
Nos remete a chibata do mal feitor em retrocesso horroroso e inaceitável

Ad ultimum, o fato do trabalhador litigar com advogado 
não significa aptidão para ser escamoteado
Salve o duplo grau de jurisdição e abaixo o togado entojado

Decimar Biagini*

___________________
A poesia acima pode não expressar a opinião do Autor
Tampouco pode apresentar semelhança com algum caso verídico
O que vale para este rodapé ridículo, medroso, e sem cor

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

LIVRO VIRTUAL - HOMENAGEM AOS 4 ANOS DA NOP - WASIL SACHARUK E DECIMAR BIAGINI

Segue anexo o livro que chancela os quatro anos de amizade com o Mago das Letras, Wasil Sacharuk, trata-se de relatos, conversas e atividades lúdicas que se perpetuaram nesse tempo acelerado da literatura moderna.

Valeu Wasil, pela grata surpresa de editar o livro "Da Janela Virtual".


Os amigos que querem baixar podem acessar o link:




quarta-feira, 6 de junho de 2012

VACINAS


VACINAS
Cheguei no tal do postinho
E o Arthur sorria para todos
Mal sabia do seu destino
Vieram vacinas e seus engôdos

O Guri se manteve firme
Primeiro uma perna
Depois perguntaram seu time
Daí outra perna

Entre uma agulhada e outra
Ele sorriu para mim
Depois veio uma lágrima solta
E então era o fim

Mês que vem tem mais
Até lá a ficha de vacina se aquieta
Pneumoniaca e meningo
Gripe A, tetânica e outras mais
Mas é a tal de tetra
Que judia do meu gringo

Decimar Biagini

terça-feira, 5 de junho de 2012

Certificado Alpas - Destaque Literário Nacional



SOLITUDE

Da ternura de um amor impossível
Renasce o sonho de tentar me amar
Em mim o futuro será mais plausível
Pois ninguem morrerá em meu lugar

Em mim depositarei toda expectativa
E somente eu serei capaz de frustrá-la
Em uma plenitude mais clara e objetiva
Só a própria alma é capaz de amá-la

É hora de buscar minha única sintonia
Saber qual a música que mais me apraz
Buscar felicidade nos outros gera agonia
Essa frustração não desejo nunca mais

Talvez eu imprima um costume caseiro
Ou liberte novamente o boêmio
Ou então, largue tudo e vire aventureiro
Talvez faça caridade e ganhe um prêmio

Só não quero me afogar em águas alheias
Que seja então na profundidade de minha alma
De que valem projeções, quando só meias?
Quero a intro-felicidade, afim de ter mais calma

Olharei todo dia no espelho que fiz para mim
Para ver se meu sorriso se transforma em magia
E talvez dessa forma seja feliz assim
Sentindo a vida mais leve, terei alegria

Vi tanta coisa perdendo o viço
Caiu tanta chuva em pranto
Tem coisas que já não cobiço
Mas por que perdi o encanto?

Talvez ao projetar-me demais
Retornando já não sabia quem era
Esse novo eu agora me satisfaz
Quero ver se domino esta fera

Decimar Biagini

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A MÃO DO POETA






Muito além da palma da mão
Ali onde os pássaros regorjeiam
Atraca todo tipo de embarcação
E muitas gaivotas se assemelham

Muito além da palma da mão
Ali onde os sonhos são pintados
Regojiza a alma como peão
E olhos risonhos são revelados

Horizontes costeiros quebrados
Por virtualidade atenuante
Suaves montes altaneiros desbravados
Pelo que era um bruto diamante

O poeta virtual!

Decimar Biagini

domingo, 15 de abril de 2012

OBSERVAR SEM TEMA



Mais um domingo se anunciava
O poeta olhou pela larga janela
Havia um cenário que se acinzentava
Era o inverno próprio de sua terra

Acumulavam-se ancestrais perguntas
Relativas a existência de uma futura guerra
Se haveriam respostas de pessoas cultas
Negativas, com eloquência em cura que encerra

Porém o silêncio do local deixou-lhe sozinho
Não foi suprida sua curiosidade existencial
Tampouco aquela usual tertúlia de passarinho
Na qual pudesse interpretar como divino sinal

O poeta resolveu observar outra janela afinal
Uma janela que fitava os olhos com medo
Não mantendo muito mais que um ledo enredo
A janela da alma, que apontava um inverno existencial

Lá pairavam muitas nuvens espessas que dificultavam o credo
Não havia uma nítida compreensão terrena acerca do fulcral
Espíritos rezavam, outros bebiam, outros levantavam cedo
O poeta fez autocrítica e uma distinção entre o bom e o mau

Saiu então daquele cenário e retornou com outras rimas
Tracejou um poema em relato libertário desprovido de sinas
O leitor e o tema, na janela do imaginário, revelariam suas brumas

Decimar das Silveira Biagini

quinta-feira, 12 de abril de 2012

ABERRAÇÕES 2012


ELEIÇÕES 2012
Promover a banalização
Para desviá-lo com maestria do foco
Dificultar a participaçao
Com falsa democracia de louco

Criar exigências infindas
Para desviá-lo com burocracia do foco
Destruir certas idéias limpas
Para corrompê-lo com hipocrisia de louco

Fazê-lo acreditar numa globalização justa
Para desviá-lo da insegurança local
Obrigá-lo a ficar no sofá, com barriga robusta
Para licitar medicamentos depressivos, e ao final

Dizer que seu voto depende dele. Isso não o assusta?


Decimar Biagini

O QUE VI COMO FILHO DE PROFESSOR



As nuances do enlace
Certo brilho da convivência a dois
Torça para que logo passe
Fase do milho e feijão com arroz

A pobreza é bonita
Se soubermos o que tirar do pobre
A política é fétida
Pois tiram daquele para uma vida nobre

Na mídia, falam em SELIC
Em Eike Batista, e mais uma mina de cobre
De dívida, de como ser chic
De Reiki e boa dica, se o fim se aproxima,  e se chove
Ao pobre, o orkut é sua boutique
Com fake de pessoa rica, sem piso ele ensina, por puro love

Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?