DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

AVENTURAR-SE EM CARMA


AVENTURAR-SE EM CARMA

Eu não me refiro
As coisas às quais já me referi
Eu não indefiro
As solicitações que já indeferi

Saber dizer não
Só serve para terapia
Hoje o sim é solução
Para meu dia a dia

Qual o seu interesse?
Vou defendê-lo até o final
Mês? Pode pagar nesse?
Não pode fazê-lo, faço igual

Decimar Biagini

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ACÚMULOS JANUÁRIOS


ACÚMULOS JANUÁRIOS
Processos
Gorduras
Recessos
em ternuras

Possessos
Fervuras
Excessos
de literaturas

Férias para quem?
Contas para mim
Férias só no além
Se merecido o fim

Decimar BIagini

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

UM NOVO ANO


UM NOVO ANO


No primeiro ano sóbrio
Em que inicio um desafio holístico
Leio uma literatura febril
Em que a abordagem é metafísica

Alguma dúvida lançada ao nada
Certas promessas, inalcançáveis
Me tornam escravo da palavra
E idéias presas são vendáveis

Quase nada me assusta
Pois segui o protocolo das uvas
A comilança foi bem robusta
E acordei com o barulho das chuvas

Alguns raios ficaram para trás
Presos a medos existenocialistas
E meus ensaios de poesia ineficaz
Foram queimados com algumas revistas

Era preciso, pois o churrasco do ano novo
É mais importante que o ego de outrora
E confuso, aparo o casco, enquanto olho o fogo
Hoje sou coadjuvante da nova alma que aflora

Sinto leveza com a paternidade, novo jogo
Talvez seja esta a ilha, na bonança, encontrada
Pois a beleza de verdade, não está no ano novo
Mas na mudança atitudinal diariamente operada

Espero que todos encontrem esta vontade
Vivenciem cada dia como quem rompe a casca do ovo
E mestes sentimentos que beiram a liberdade
Alcancem sintonia musical interior, registrando-na a rogo

Pois tão bom era quando não sabíamos assinar
Não havia responsabilidade na melodia pueril

Decimar Biagini

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

AB INITIO


AB INITIO
Doutora,


Ab initio, não gosto quando indeferes liminar de miserável
Tampouco quando escreves omitindo teu posicionamento

Entrementes, a forma elitista com que te posicionas intocável
Deixa rouco, até o rei das plebes, irresignado com teu isolamento
Não se trata de ser respeitoso ou desrespeitoso, mas indesejável
Ser bem quisto por ser empregador, e mal visto por ser doutro estamento
Nos remete a chibata do mal feitor em retrocesso horroroso e inaceitável

Ad ultimum, o fato do trabalhador litigar com advogado 
não significa aptidão para ser escamoteado
Salve o duplo grau de jurisdição e abaixo o togado entojado

Decimar Biagini*

___________________
A poesia acima pode não expressar a opinião do Autor
Tampouco pode apresentar semelhança com algum caso verídico
O que vale para este rodapé ridículo, medroso, e sem cor

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

LIVRO VIRTUAL - HOMENAGEM AOS 4 ANOS DA NOP - WASIL SACHARUK E DECIMAR BIAGINI

Segue anexo o livro que chancela os quatro anos de amizade com o Mago das Letras, Wasil Sacharuk, trata-se de relatos, conversas e atividades lúdicas que se perpetuaram nesse tempo acelerado da literatura moderna.

Valeu Wasil, pela grata surpresa de editar o livro "Da Janela Virtual".


Os amigos que querem baixar podem acessar o link:




quarta-feira, 6 de junho de 2012

VACINAS


VACINAS
Cheguei no tal do postinho
E o Arthur sorria para todos
Mal sabia do seu destino
Vieram vacinas e seus engôdos

O Guri se manteve firme
Primeiro uma perna
Depois perguntaram seu time
Daí outra perna

Entre uma agulhada e outra
Ele sorriu para mim
Depois veio uma lágrima solta
E então era o fim

Mês que vem tem mais
Até lá a ficha de vacina se aquieta
Pneumoniaca e meningo
Gripe A, tetânica e outras mais
Mas é a tal de tetra
Que judia do meu gringo

Decimar Biagini

terça-feira, 5 de junho de 2012

Certificado Alpas - Destaque Literário Nacional



SOLITUDE

Da ternura de um amor impossível
Renasce o sonho de tentar me amar
Em mim o futuro será mais plausível
Pois ninguem morrerá em meu lugar

Em mim depositarei toda expectativa
E somente eu serei capaz de frustrá-la
Em uma plenitude mais clara e objetiva
Só a própria alma é capaz de amá-la

É hora de buscar minha única sintonia
Saber qual a música que mais me apraz
Buscar felicidade nos outros gera agonia
Essa frustração não desejo nunca mais

Talvez eu imprima um costume caseiro
Ou liberte novamente o boêmio
Ou então, largue tudo e vire aventureiro
Talvez faça caridade e ganhe um prêmio

Só não quero me afogar em águas alheias
Que seja então na profundidade de minha alma
De que valem projeções, quando só meias?
Quero a intro-felicidade, afim de ter mais calma

Olharei todo dia no espelho que fiz para mim
Para ver se meu sorriso se transforma em magia
E talvez dessa forma seja feliz assim
Sentindo a vida mais leve, terei alegria

Vi tanta coisa perdendo o viço
Caiu tanta chuva em pranto
Tem coisas que já não cobiço
Mas por que perdi o encanto?

Talvez ao projetar-me demais
Retornando já não sabia quem era
Esse novo eu agora me satisfaz
Quero ver se domino esta fera

Decimar Biagini

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A MÃO DO POETA






Muito além da palma da mão
Ali onde os pássaros regorjeiam
Atraca todo tipo de embarcação
E muitas gaivotas se assemelham

Muito além da palma da mão
Ali onde os sonhos são pintados
Regojiza a alma como peão
E olhos risonhos são revelados

Horizontes costeiros quebrados
Por virtualidade atenuante
Suaves montes altaneiros desbravados
Pelo que era um bruto diamante

O poeta virtual!

Decimar Biagini

domingo, 15 de abril de 2012

OBSERVAR SEM TEMA



Mais um domingo se anunciava
O poeta olhou pela larga janela
Havia um cenário que se acinzentava
Era o inverno próprio de sua terra

Acumulavam-se ancestrais perguntas
Relativas a existência de uma futura guerra
Se haveriam respostas de pessoas cultas
Negativas, com eloquência em cura que encerra

Porém o silêncio do local deixou-lhe sozinho
Não foi suprida sua curiosidade existencial
Tampouco aquela usual tertúlia de passarinho
Na qual pudesse interpretar como divino sinal

O poeta resolveu observar outra janela afinal
Uma janela que fitava os olhos com medo
Não mantendo muito mais que um ledo enredo
A janela da alma, que apontava um inverno existencial

Lá pairavam muitas nuvens espessas que dificultavam o credo
Não havia uma nítida compreensão terrena acerca do fulcral
Espíritos rezavam, outros bebiam, outros levantavam cedo
O poeta fez autocrítica e uma distinção entre o bom e o mau

Saiu então daquele cenário e retornou com outras rimas
Tracejou um poema em relato libertário desprovido de sinas
O leitor e o tema, na janela do imaginário, revelariam suas brumas

Decimar das Silveira Biagini

quinta-feira, 12 de abril de 2012

ABERRAÇÕES 2012


ELEIÇÕES 2012
Promover a banalização
Para desviá-lo com maestria do foco
Dificultar a participaçao
Com falsa democracia de louco

Criar exigências infindas
Para desviá-lo com burocracia do foco
Destruir certas idéias limpas
Para corrompê-lo com hipocrisia de louco

Fazê-lo acreditar numa globalização justa
Para desviá-lo da insegurança local
Obrigá-lo a ficar no sofá, com barriga robusta
Para licitar medicamentos depressivos, e ao final

Dizer que seu voto depende dele. Isso não o assusta?


Decimar Biagini

O QUE VI COMO FILHO DE PROFESSOR



As nuances do enlace
Certo brilho da convivência a dois
Torça para que logo passe
Fase do milho e feijão com arroz

A pobreza é bonita
Se soubermos o que tirar do pobre
A política é fétida
Pois tiram daquele para uma vida nobre

Na mídia, falam em SELIC
Em Eike Batista, e mais uma mina de cobre
De dívida, de como ser chic
De Reiki e boa dica, se o fim se aproxima,  e se chove
Ao pobre, o orkut é sua boutique
Com fake de pessoa rica, sem piso ele ensina, por puro love

Decimar Biagini

sábado, 17 de março de 2012

A RARA CENTOPÉIA


A RARA CENTOPÉIA

Sempre que visito a casa da vó
Acontecem coisas estranhas
A barriga começa a dar nó
E sinto cólicas medonhas

Não é que vou ao banheiro
E observo uma centopeia
Pensei fixo olhando o chuveiro
E observei sua odisseia

Vi a bicha subindo no lava-pés
Lavou um por um e saiu pelo boeiro
Tudo enquanto eu ia aos pés


Decimar Biagini

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

IDÍLIO NOPENSE

IDÍLIO NOPENSE

O poeta, como todo andarilho
Certamente perderia-se nesse mundo
Caso não levasse o leitor consigo
Certamente seu solo seria infecundo
Se não fosse o afago do crítico amigo

Daí a importância da NOP
A mútua contemplação e valorização
Na simplicidade de um mote
Ou no ludismo de um acróstico em ação

Essa nova ordem que enlaça
Mantém amigos no virtualismo literário
Unindo predadores e sua caça
Na fome poética de um idealismo libertário

Liberdade essa cheia de graça
Na leveza de quem perpetua um registro
Na NOP a poesia nunca é escaça
Na certeza de quem escreve sem egoísmo

Decimar Biagini

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O que esperar do Natal?



Não creio que ficar sentado no sofá olhando o amigo secreto de pessoas famosas faça com que nosso natal seja brilhante, ao menos que o amigo secreto seja substituído por amigo invejoso.

No entanto, há um brilho peculiar nesse ano, tenho a sorte de celebrar a primeira passagem natalina do Rei Arthur, ele ainda não entende muita coisa, mas acredite, os olhos brilham mais que as lâmpadas acesas do pinheirinho quando coloco o carrinho dele em frente a este adereço tão curioso aos focos daquelas duas jaboticabinhas pretas.

Nesse momento estou olhando um programa que ensina a preparar a ceia de Natal, é tudo muito bonito quando não se enfrenta uma fila de supermercado as vésperas do tão sonhado momento em que todos se empanturram e esquecem do nascimento do menino mais famoso do mundo.

Então, espero que todos lembrem do menino, e principalmente, dos meninos e meninas recém-nascidos, e da importância do Natal para a presença marcante das crianças, das mais abastadas as mais carentes, afinal, os Reis magos migraram muito longe para presentear o Cristo Salvador em um estábulo, daí por assim dizer que o Natal é um exercício de humildade e desejo de continuidade, olhar uma criança num momento como esses é ter o gostinho da eternidade renovado a cada ano, com esperanças que podem ser brindadas facilmente com um brut ou um copo d’água, desde que ungido pelo verdadeiro espírito natalino, o amor ao próximo .



Decimar Biagini

sábado, 3 de dezembro de 2011


MENINO DA CAGANEIRA



Toda vez que eu chego em casa

Com pacote de fralda do Patolino

Meu bebe logo manda brasa

E então eu troco o menino



Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?