DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Adeus ao Milton

Adeus ao Milton 

Milton Gonçalves se expandiu na dramaturgia  em incrível viés
De forma ilimitada
Sua infindade de bons papéis
Foi pelo talento libertada

O talento é lapidado
Para aqueles que estão dispostos

Ficou seu legado
Independente da forma de governo escolhida
A cultura está além do Estado
E deve ser sempre reconhecida

Decimar Biagini 
30 de maio de 2022

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Sobre a Fé

Pinceladas sobre a Fé

Vamos explorar a natureza da fé 
aos que se esmeram
Essa difere da esperança 
que traz certa incerteza
Fé é a certeza de mudanças
que poucos esperam
A convicção de fatos 
que não veem em cima da mesa 

Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho
Caíram ao seu lado inimigos
Eles ficaram e seguiram
firme sem terríveis castigos

A fé é a âncora da alma
Tão firme e inabalável
Que nos traz boa calma
Calma ruim é quebrantável!
Patetice faz mal à alma

Então orai e vigiai
Peçais e receberdes
Mas confiai no Pai
Insistireis e então tereis

Decimar Biagini
26 de maio de 2022

terça-feira, 24 de maio de 2022

BONSAI NA VIDA

SER OU NÃO SER UM BONSAI

Nossa alma é como um bonsai
Delicada e de beleza inigualável
Sem calma e disciplina nada sai
O corpo é pequeno vaso limitavel

Cortamos os galhos improbos
Aquela medida que incomoda
Jogamos ovelhas aos lobos
E trocamos de pele pela moda

Nossa raiz foca debilitada
Com tanta superficialidade
A essência já danificada
Precisa de mais umidade

Aquele copo de água há mais
Enfrentar a preguiça
Não mendigar por amor jamais
Aí o galho desenguiça
E tudo volta a ter paz

Crescer é soltar amarras
Acelerar a força interior
Ter luz própria como guarida
Deixar tudo as claras
Ser no filme da sua vida
O principal ator

Parei de achar desculpas
A cidade me envenena
Acusar no outro minhas condutas
A academia é pequena
O trabalho é uma dura luta
O trânsito não vale a pena

Só por hoje, aqui dentro
E não lá fora
Terei um mote
Farei do meu dia o mais importante
Então, sem demora
Serei bonsai forte, como um diamante


Decimar Biagini
24 de maio de 2022
17H14 MIN, FIM DO EXPEDIENTE

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Análise pós covid



Ano passado eu lutava pela vida
Com internação e oxigênio no máximo
Deixei passar até dar uma boa vivida
Para só depois comemorar com o próximo

Não se elogia um burro
Até que ele passe pela ponte
Então meu poema hoje empurro
Sem montar no que foi o ontem
 
Fizemos hercúleo esforço
Para entender nossa existência
Um espetáculo dispendioso
Que exige orientação e resistência

Tão breve e cheia de limitações
Buscamos acomodada sapiência
Lidamos com boas intenções
E também com maledicência

Numa inventividade humana
Damos o nosso jeito aos pães
Um leão por dia ou semana
E lá se vão os dias de cães

Começamos com pedras, tacapes
Flechas e grandes migrações
Depois passamos aos mapas
E viajamos com pífias navegações

Aprimorados nos metais
Veio a agricultura e as invenções
Deixamos de caçar animais
E nos dedicamos às criações

Passamos a ter ideais
A ter sonhos e projeções
A durar um pouco mais
A cuidar das emoções

Fizemos mapas
Grandes navegações
Ciências exatas
Territórios e nações

Depois de muitas encarnações
Ou caso prefira dnas aprimorados
Surgiram tantas indagações
Nos ligando aos antepassados

Trocamos lápis e caneta
Por infomaré de linhas bilaterais
Acumulamos dados gigantescos
Mas parece que nada se ajeita
Moralmente tão cavernescos

Então surgem milhões
De likes, profetas e gurus
Muitos com soluções
Em Budha, Maomé e Jesus

Surge um vírus letal
O medo nos paralisa, alguém diz
Um longo lockdowm
O fim dos tempos por um tris

Seguimos num novo normal
E a normalidade neurológica?
Ficou lá no dna ancestral?
Na interpretação astrológica?
Ou na fé descomunal?

Nos perdemos em nós
Sem tempo para cura
Um mundo a sós
Numa lunática procura

Então olhamos para o lado
Vemos velhos e crianças
Todos têm nos desafiado
A ajudarmos e termos esperança
E como temos abraçado
Depois de tropeçar na desconfiança
 
Mas e a evolução?
A chave para a luz suprema?
A dita iluminação?
O capital e trabalho em dilema?

Deixa isso para lá, já passou
Vai cobrar do piá o tema
Bora ver se a bebê se destapou
Depois vai com a musa enrolar as pernas

Decimar Biagini 
16 de maio de 2022

terça-feira, 29 de março de 2022

Montaria Eleitoral



Estamos no caminho
Única guerra é ao glúten
Queria ser um mosquito
Para ver a cara do Putin

O trigo está mais caro
O combustível é espacial?
Não dá para andar de carro
Nem de cavalo afinal

Pegar aplicativo para que?
Para escutar mais um a reclamar
Nem posso andar a pé
Com tanta gente a assaltar

Queria morar numa ilha
Talvez até Passárgada
Só não vou para Brasília
Pois gosto de moral elevada

A ração está em disparada
E sessenta reais a ferradura
Opção de burro foi cancelada
Ando com dor e assadura

Decimar Biagini 
29 de março de 2022

domingo, 27 de março de 2022

Dimanche

Dimanche 

Ah o domingo
Foge num instante
Já entra sumindo
Num rompante

Não faça promessas
Pois a segunda chega
Não tenha pressa
Compre manteiga

Se puder também escreva
Ouse, tente escrever
Sobra de churrasco na mesa?
Faça um Resté D'Onté

Derreta ela com a carne
Taça de vinho e boa canção
Coloque cebola sem alarde
Ponha mel na refogação 
Coma antes que seja tarde

Não ligue a televisão leviana
Apenas célebre o que restou
de um bom final de semana
Tente brindar com o que Deus lhe doou

Decimar Biagini

domingo, 20 de março de 2022

Mulheres Açorianas

(250 anos de Porto Alegre)

As mulheres todas são mistérios
Sem elas, viajaríamos no mundo a sós
Oh mulheres de reis e avós de impérios
Velem por nós

Pobres de nós homens incompletos
Que naqueles seios nos amamentamos
Mal sabemos que somos repletos
De imperfeições que não revelamos

Que as mulheres nos confrontem com olhares
E lá nos descobriremos com nossos amores
Que possamos desbravar naqueles bravos mares
Como fizeram os primeiros casais dos Açores

Nesses duzentos e cinquenta anos
Celebramos nossas mães ancestrais
Que permitiram a colonização em gaúchos planos
Pela antiga Porto dos Casais

Decimar da Silveira Biagini
Março de 2021

A estátua de Budha

A Estátua de Budha

Plano astral traçado
Viagem com desvios
Desejo materializado
Introspecção com desafios

Sentir-se conectado
Voltar ao corpo essencial
Dar conta do recado
Tudo tão paradoxal

Processo interior natural
Busca do ser divino
A imperecível luz celestial

O que foi Budha afinal?
Talvez um desapego genuíno
fez dele um Avatar imortal

Decimar Biagini
19 de março, Jardim das Esculturas

terça-feira, 15 de março de 2022

A Conciencia do perdão Supremo

A consciência do perdão supremo 

Perdão é retomar a sua vida
Revolucionar em verdade o espírito
Não contristecer a alma toda
Seja no cientifico ou no empirico

Não  é perder um ideal ou um projeto
Para se perder em algo estragado
Perdoar é muito mais concreto
É no cotidiano que se está o recado

Quando se está no comando
Se reescreve sua história hoje
Chega de vítima e culpado
Não precisa ser padre ou monge
Seja o bom exemplo, e sairá perdoado

Chega de ser acusado
Pelo encardido ou a treva
Arranca pela raiz e dê o recado
Daqui só o amor se leva

Perdão dói, é decisão
É acreditar que o bem é maior
É ver com o coração
Se fosse fácil não haveria dor

Assuma a miséria que você é
E terá a misericórdia do grandioso
Já caiu? Hora de ficar em pé
Jogue os dados, sairá vitorioso

Decimar Biagini
16 de março de 2022

sábado, 12 de março de 2022

O Atávico Churrasco

A energia contagiante do fogo

A verdade, o amor e a consciência

Poder e necessidade em jogo

Carnívora forma de sobrevivência


Um processo de seleção natural

A proteína açucarada em combustível

Ser gaúcho é algo sobrenatural

Incurso no DNA ancestral irresistível


Num consumo imensurável

Gastamos energia vital

A agradar o irremediável


A postergar o desditoso final

Rir, chorar, prosear e desbravar

Se puder amar, a fitar o imortal


Decimar Biagini

quinta-feira, 10 de março de 2022

Os queridos filhos



Eles vêm através de nós
Prestamos contas a Deus
E Ele não nos deixa a sós
Unos, os seus os meus

Os laços de afinidade
Os aprendizes, as descobertas
Nas crianças vemos a verdade
E a sua verdade nos liberta

O segredo está na pureza
Na leveza das brincadeiras
Aí está a sincera beleza

As crianças são a esperança
O sonho e a doce lembrança
Do que restou da vida incerta

Decimar Biagini

quarta-feira, 2 de março de 2022

Quarta literalmente de cinzas: - És pó e ao pó voltarás!

Quarta literalmente de cinzas: - És pó e ao pó voltarás!
Você vê a guerra na sua vida
A frequência dos refugiados
Sua guerra interna é sentida
Pois viemos de outros lados

Somos todos imigrantes
Personas não gratas
Isso vêm de muito antes
Foram tantas as moradas

Fomos pedras e vegetais, plantas suntuosas,
insetos, e depois animais

E nessas evoluções
Restou padrão vibratório
Laços e compaixões
Ou frieza pelo contraditório

Coração um pouco pedra, sensível como planta,
e um pouco humano
Que provoque no outro a queda
Numa guerra diabólica ou santa
Quem não pecou sendo humano

Decimar Biagini

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Em Cruz Alta fez falta

Em Cruz Alta fez falta

A chuva fina
Abençoou a comuna
Andava teatina
Não molhava a reúna

As velhas coxilhas
Perdiam cores e viço 
Sem nuvens por milhas
A pescar sem caniço

A temperatura despencou
Vi esperança nisso
Até a verve desencantou
Num versar movediço

Chover na horta
Uma coisa tão simples
O que mais importa?
Sem água, sem requintes!

Decimar Biagini 
27 de janeiro de 2022

domingo, 16 de janeiro de 2022

domingo, 2 de janeiro de 2022

Entre mudanças e relatos


Não é meu costume
Acostumar-me com a vida
Eu era um vagalume
Hoje sou luz expandida

Não me considero
Um ser antropocêntrico
De Deus eu espero
Um presente nada excêntrico

Se acaso ele achar muito
A mantença da nova Musa
Boa verve e muito assunto
Um vinhedo em Siracusa
Uma neve existencial de fundo
Acho que este poeta não abusa
Ao pedir tal poema fecundo

Queria agradecer evidentemente
Ao poder de divagar sem compromisso
Ao rimar com o que vem na mente
E pedir perdão por este agradável vício

O ano se foi ligeiramente
O COVID amedrontou a terra
E lá fora socializar está tão atraente
Um ciclo hoje se encerra

E assim o poema se acalma
Como um rei que cedeu o trono
Que voou até o verão sem guerra
Talvez o leitor um dia queira
Nossa vida sem amor é obsoleta
Dar a este poema um novo dono
E a crisálida virará borboleta

Decimar Biagini



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