DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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domingo, 19 de abril de 2020

RESILIENTE

R eagir com calma
E xige equilíbrio
S em desvario
I nteragir com a alma
L imitar o impulso
I menso desafio
E m si mesmo
N ão deixe o adverso
T olir seu desejo
E volua no universo

Decimar Biagini

sexta-feira, 17 de abril de 2020

sopro gelado

Sopro gelado e presságios

O vento gelado está lá fora
Trouxe reflexões e medos
Não aquele abril de outrora
A angústia veio mais cedo

Dona Bibiana, personagem peculiar
No livro o Continente
Com aquele altivo linguajar
Dizia à sua gente:

Noite de vento,
Noite dos mortos!

Esperamos algumas notícias
Talvez profecias e soluções
De almas sem malícias
Rodeadas de boas intenções

Talvez Rui Barbosa
Ou um certo Dom Pedro II
A nação desesperançosa
Cheia de político moribundo
Quer voltar a ser viçosa
E despertar do sono profundo

Uma luz, uma plena ajuda
Um caminho sem tatear
Talvez Jesus, ou um novo Buda
Oswaldo Cruz ou Irmã Dulce
Já chega de tanto esperar!

Não importa quem venha à tona
Contanto que invente uma vacina
Que erradique de vez esse corona

Decimar Biagini

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Soneto Livre à imunidade literária

Soneto à imunidade literária

Existe na poesia 
roupa suficiente 
a vestir cada vivente
que a leia com alegria

Cada homem como um rei
Cada mulher como rainha
Para isso escreverei
o verso com magia

A poesia é pródiga,
extravagante e envolvente
Colorida e perdulária

Que proteja tesouros inauditos 
Que o inimigo suma de sua frente
Que seus familiares sejam benditos

Decimar Biagini

Tudo no seu tempo



Na brevidade dessa vida
Você terá lindos momentos
Na vulnerabilidade percebida
Aprenda a viver o presente

Estamos felizes por você
Progride a cada dia
É bom ve-lo crescer
Há muita sabedoria

Esse tempo é todo seu
Permita que seja feliz
Guarde o que aprendeu
Seja grato por ser aprendiz

Deus é grande, não duvide
Tudo logo é passageiro
Logo também esse Covid
Devolverá fé ao mundo inteiro

Quando passar aperto
Lembra dos ensinamentos
Pode haver erros e acertos
Tudo mais, são pensamentos

Decimar Biagini

José Rubem Fonseca



Homem reservado, com obra aberta
Escreveu sua narrativa com brasilidade
Pois retratava palavrões da incivilidade
Hoje nossa orquestra está incompleta

Em singela homenagem
Não descartarei o palavrão
Sua perda é uma sacanagem
A esta cultura cheia de ....

Humor ácido, bruto e intenso
Com Jabutis e Camões em apreço
Vira imortal, a vida foi seu preço
O ciclo fecha, vazio imenso

Decimar Biagini

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Tá faltando alguma coisa!



Eles ainda têm a lembrança
Até quando não sei
O mundo está uma lambança
Muito trono sem rei

O que sera do avô sem criança?
Um verso que não publiquei?
Uma traumatologica esperança?
Um quadro que não pincelei?

A vida nos prega peças
Renovando valores e crenças
O medo e suas peripécias
Espero que o Covid não vença

Decimar Biagini

sábado, 11 de abril de 2020

Feliz Páscoa

Feliz Páscoa!

Dentre tantas as teorias
Tentaram conspirar contra ti
E dentre tantas ironias
Hoje sei por que Deus ri!

Povo de pouca fé
Eivado de futilidade
Querem andar a pé
Perdidos pela cidade

Antes reclamavam
do congestionamento
Nem sabiam, só conspiravam
Agora inimigo é o confinamento

Que pelo menos amanhã
Lembrem da sua família
Mantenham a mente sã
Sejam alfas em sua matilha

Viva ao Rei jamais esquecido
Que provou a humanidade
Que o homem permanece unido
Quando larga mão da vaidade

Decimar Feliz Páscoa Biagini

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Cai ou não cai?

Cai ou não cai, sai ou não sai?

Eu oro e espero
Você também
Para ser sincero
Digo amém

A reza está longa
Muito a por em dia
E nessa milonga
O Brasil é hipocrisia

Não temos vacina
Nem respirador
O crescimento ensina
No amor ou na dor

Votamos e esperamos
Rezamos e sofremos
Tudo por que confiamos
Nas mídias que merecemos

Enquanto nada muda
Nessa encruzilhada
Fica a frase manjada
Se puder, fique em casa!

Decimar Entediado Biagini

sexta-feira, 27 de março de 2020

Minha oração aos governantes de todas as nações

Minha oração aos governantes de todas as nações!

Todo governante, segundo o Papa Francisco, homilia da Canção Nova hoje, 27 de março, terá seu perdão por suas escolhas, aqui ou mais adiante, desde que peça salvação por sua alma. Vamos enfrentar o medo como os que estiveram com Jesus enquanto ele cochilava no barco em meio à tempestade. Sugiro que daqui para frente quando sermos atacados por a ou b nossa resposta seja a mais cristã possível, talvez até cochilando, pois independentemente da atitude, a travessia já foi traçada pelo Mestre e a forma como vamos encarar o caminho é que fará a tempestade se abrandar. 
Foi uma hora de homilia e ritual do perdão total a si ou alguem que já se foi, mas pareciam minutos. 
Chorei copiosamente em ver o Papa isolado, velhinho, já sem forças e puxando dos grilhões para fazer o ritual, pensei comigo que a existência pisa com requintes de crueldade na nossa vaidade, perdemos memória, beleza e forças muitas vezes. O criador mostra o quanto somos vulneráveis e o quanto largando a vaidade vamos seguindo os passos de Jesus. O Papa estava até puxando uma perna ao transitar entre um setor e outro daquele vaticano vazio, em alguns momentos pensava que ele iria cair enquanto aquela chuva caia, foi então que iluminado ele se esforçou até a Basílica e seguiu o ritual. Chorei copiosamente com uma alegria contagiante e arrepio absurdo ao ver a imagem de Cristo (A mesma que só retornou a basílica após ter acabado a última peste que assolou o mundo). Foi muito libertador assistir. Pareciam minutos mas foi das 14 às 15h. Me prostei de joelhos e levei água para a sala. Depois tomamos a água do cálice para o perdão completo.
Desculpe se fui mal interpretado por algum amigo aqui no facebook, não se fala de amor por telefone. Estamos no mesmo barco e amo todo ser que valha a pena uma resposta, ainda que ela seja no silêncio cristão!
Agora você deve estar pensando, deve se muito católico. Não companheiro se facebook, sou humano, cristão, espírita e reikiano. Apenas aprecio os que buscam forças em bons exemplos de superação, como Jesus, Madre Teresa, Abraão, Daniel, Pedro, Rei Davi, Dom Pedro II, Francisco de Assis, Joana Dark, Rainha Vitória, Francisco Xavier, Sidartha (buda), Thomaz Aquino, Bezerra, Luther King, Mandela, Candido Machado, Maomé, Moisés e Gandhi.

Decimar Biagini, na Cruz Alta, 27 de março de 2020

quinta-feira, 26 de março de 2020

A arte do esquecimento

A ARTE DO ESQUECIMENTO

Como é sua memória?
A minha é mediana
A temporária é outra história
Mas vê se desencana

Já perdeu  as chaves  do  carro?
Esqueceu onde estava o possante?
Saiu comprar cigarro sem fumar?
Frustrou aquele pobre aniversariante?

Tem pecados piores também
A comida no forno sem ter um
Assinar cheque no ano que vem

Abrir a geladeira com barriga chorona
E lembrar da bóia deixada no mercado
Mas difícil, mesmo, é esquecer do corona

Decimar Biagini, aos 26 de março de 2020

quarta-feira, 25 de março de 2020

Nosso tempo rugia

NOSSO TEMPO RUGIA E A TRAVESSIA ERA GRANDE

Somos pessoas simples. Não decidimos quando iniciam nem quando terminam batalhas  contra  países  e  impérios colossais.  Mal fomos instruídos a nos preparar para a própria subsistência.
Nessa dura jornada existencial, nossos pais tentaram passar à nossa geração a importância do estudo em detrimento da disciplina e do sofrimento áspero laboral.  Mesmo  quando  ganhamos  alguns diplomas,  por  vezes  nos perdemos  de  nós  mesmos, ou simplesmente olhamos ao lado e vemos uma porção de gente que seguiu o mesmo caminho e daria tudo para aproveitar as oportunidades que tivemos.  Por vezes evitamos o olhar crítico no espelho, com a correria dos dias iguais,  na verdade, olhamos mais a agenda, o celular ou o relogio do que encaramos nossa própria face. Não é raro, olharmos um artista ou aquele amigo esquecido e comentarmos: - como envelheceu o ciclano, então por mera situação chegamos correndo em casa e nem percebemos o quanto estamos no mesmo barco temporal.  Após  deixarmos  esta  vida,  a vaidade e o orgulho farão Júri   no  nosso  maior  Tribunal.  Quando  nos  despedimos de um ente querido, que sequer tivemos a chance de perguntar na corrida do ganha pão: - Como foi seu dia hoje? Fez algo de que se arrependeu? Nos limitamos a conhecer tal pessoa superficialmente nas horas boas (festas, fofocas, etc...) e temos o grande clichê de dizer aos demais na hipócrita despedida: - Fulano era uma boa pessoa, descansou!
Que essa parada obrigatória para dentro de nossas famigeradas casas existenciais sirva ao menos para refletirmos sobre um pouco só que lançado acima. Sejam felizes meus caros amigos, estamos no mesmo barco e não temos tempo para discutir quem vai ser nosso timoneiro!

Decimar Biagini - Na Cruz Alta, aos 25 de março do ano do galo.

terça-feira, 24 de março de 2020

As almas sem copacabana

AS ALMAS SEM COPACABANA

Você já buscou certo fundamento
Na essência da reclusão incerta
Nas palavras ditas ao vento
Em tempo de pura descoberta?

Quis rezar, não encontrou palavras
Falou com Deus, com o Diabo
Puxou penas de anjos e suas harpas
Chegou a puxar o belzebu pelo rabo?

Quem imaginaria Copacabana deserta
A humanidade parecia mesmo perdida
Almas = praias vazias e desertas avenidas
Mas a natureza, seguiu rumo, renascida!

Decimar da Silveira Biagini

covid

O COVID-19 trouxe muitas reflexões:
 
Nós humanos, éramos convencidos
Numa guerra de quem constrói mais
E fomos pelo universo surpreendidos
Voltamos a ficar vulneráveis demais
 
Todas as ideologias se tornaram fúteis
Lutamos pela vida em pseudo-feudos
Chegamos ao ápice como um vórtice
Expandimos e agora nos retraímos
 
Tudo está em marcha, apesar do homem
Energias positivas e boa vontade, isso importa
Fazem da alma sedenta e com fome
 
Entretanto, tudo parece teoria, não é mesmo?
A necessidade está batendo na sua porta
Mas calma, fique em casa, não saia à esmo!
 
Decimar da Silveira Biagini
24/03/2020

segunda-feira, 23 de março de 2020

Mais um dia de quarentena

Mais um dia na quarentena

Desligo a TV de manhã
Só leio jornal de tarde
Sem esquecer do mate
De noite rezo sem alarde

Com a bênção do criador
Faço dormir o amanhã
Conto uma estória com amor
Para manter a mente sã

Antes da poesia apagar
Converso com a prenda
Não se fala de contas a pagar
Nem de imposto de renda

Elevo meus pensamentos
Com aplicação do reiki
Não leio notícia fake
E posto só bons momentos

Decimar Biagini

sexta-feira, 6 de março de 2020

Urnas e fanfarras

Urnas e fanfarras 

Já aviso alguns pré-candidatos
Menos nome de ruas,
mais rua e menos carro
Que eu não quero tijolos

Não quero que falem em direitos
Tô farto de prerrogativas de papel
Quero alguém que tenha defeitos
Mas que saiba supera-los a granel

Aviso que estou farto de filas
A do biométrico foi um escarcéu
Que nossa moeda é real e não pila
E que boa intenção não garante céu 

Outra coisa, chega de sistema caiu
Os usuários não são palhaços
Minha boa educação não engoliu
E versos tolerantes são escassos

Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?