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terça-feira, 17 de julho de 2018
MOTE DO WASIL NA INSPIRATURAS
Tempestade de letras
Enigmático parceiro
O facebook trouxe perdas
O enter ficou matreiro
Para Wasil tiro o chapéu
O bruxo é versátil e zoador
Parece tango à Gardel
Intrépido como o “holandês voador”
O tempo que fiquei longe
Deixou minha tela cinza
Me retirei como monge
Mas voltei com poesia lisa
Decimar Biagini
17/07/2018
sexta-feira, 13 de julho de 2018
IDAS E VINDAS DA ESCRITA E O FUTURO INCERTO
Nos desperta e nos deixa confiantes
A internet é uma porta
Com algoritmos e leitores distantes
Nos diferencia da google assistente
Já que ela não pode bater nossa porta
Tampouco criar um poema comovente
Talvez os leitores se tornem idiotas
Talvez sejamos apenas um produto dentre metas
Vigiados e controlados nas linhas tortas
Sentimentos de catarse e ostracismo
Talvez até lá, nada mais importe, nem mesmo um aviso
Essa continuará mantendo seu papel libertador
Você pode não escrever por uma semana
Talvez sequer escreva por um ano e volte a ser amador
Aí que ele se engana
A obra é sempre incompleta
E a vida é poesia insana!
14 de julho de 2018
SUPERSTIÇÃO QUE NADA!
quinta-feira, 27 de julho de 2017
RENASCIMENTO - 31 DE JULHO
O primeiro passo
A primeira decepção
O romper do laço
A umbilical indagação
O conforto escasso
O romper do pulmão
A busca pelo espaço
O choro da salvação
Com alento materno, em 31 de julho
Tive meu desembaraço
Era inverno, reencarnei com orgulho
Hoje, meu tempo é escasso!

domingo, 4 de junho de 2017
ADVOGAR EM CAUSA PRÓPRIA
A vida é um benefício
Usufruído em desatino
Segurá-la é tão difícil
Por culpa do algoz destino
Cada dia uma petição
O processo leva uma crença
A esperança na solução
Dissolvida na sentença
E o recurso vem então
Um dia após o outro
Vem contestação, vai desavença
Na réplica do Douto
Invoca-se insight, para que se convença
E na triste espera querelante
Tudo se arrasta, tudo se desgasta
Nada será como antes
A justiça do homem logo passa
É como dizia Miguel de Cervantes
Através de Dom Quixote
ao Sancho Pança
“Quanto mais eu,
que nu nasci,
me encontro nu:
nem perco e nem ganho.”
Decimar da Silveira Biagini
04 de junho de 2017
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Semanas vorazes
Semanas vorazes
A semana está tão curta
Que estamos divididos
Uns pensam na sexta
Outros nas dívidas
Quinto dia útil está aí
Conjugado com anseios
As contas que contraí
Trazem números bem feios
Ações prioritárias
Saúde, funcionários ou pinga
Questões primárias
Atitude, salários ou costela minga
Que tal dormir para não gastar
Pois até furar festa exige preparo
Condução, traje e se atualizar
Atualmente até postar na nuvem sai caro
Olimpíada na TV?
Quem sabe com a luz já cortada
Consiga frestiando as janelas de vizinhos
Crise pra quê?
Se a sorte está lançada
Na vida dos que se viram
por outros caminhos
Agora antes de cortar os pulsos
Peça para seu vizinho não assistir Faustao
E quem sabe ressurjam impulsos
Que existe vida logo após o domingao
Decimar Biagini
terça-feira, 2 de agosto de 2016
Viver como monge, não tá longe
Como viver com pouco?
Eis uma pergunta difícil!
Parece te deixar louco?
Os políticos compram edifício
Enquanto você paga aluguel
A conta entao fica difícil
Quando o mercado vai ao céu
Um publicitário paga fiança
Coisa pouca, 45 milhões
E a justica aceita na confiança
Sem verificar origens e intenções
Mas você tem que aprender
a viver com humildade
Esqueça o que já gastou
Afinal, a democracia mandou
Estudar e fazer faculdade!
Decimar Biagini
domingo, 31 de julho de 2016
Certa idade
Depois dos trinta e quatro
Me refiro a idade
Não é muito de fato
Mas já não se é dono da verdade
Diante de um filho amado
Que te repreende já com quatro
Depois dos trinta e quatro
Passa aquela utopia de mudar o mundo
Pois o populismo se torna chato
Quando se tem tanta desilusão de fundo
Depois dos trinta e quatro
Pisasse um pouco no freio
Tendo saúde já se sente grato
E mesmo gordo já não se acha feio
Depois dos trinta e quatro
Surge uma crença interior
Torna-se um pouco sensato
E se esquece do jovem ator
Depois dos trinta e quatro
Enterra-se algumas perspectivas
Isso até se torna chato
Mas de que valem falsas expectativas?
Depois dos trinta e quatro
Ainda não se pensa em reviver o passado
Recém se comemora o presente
Como um vinho após a colheita, degustado
Decimar Biagini
31 de julho de 2016
domingo, 10 de julho de 2016
Trajetória insalubre
Trajetória insalubre
Nenhum adversário
Mais brutal que a vida
Implacável cenário
após a alma concebida
Começa com uma corrida
Depois nos prende em conforto
No parto, calmaria é rompida
Rasgando os pulmões bem forte
Uma viagem nostálgica
Buscando retorno ao útero
E como num passe de mágica
Passa tudo rápido e fútil
A aventura só é percebida
Quando se conta de trás pra frente
Pois é triste a despedida
Do vencido ser vivente
Decimar Biagini
Estamos prontos?
Corremos para um caminho
A grande via sem pista de retorno
Pequenas aves tiradas do ninho
Como codornas azeitadas ao forno
Seguimos preconceitos sem resposta
Intuitivamente apelidamos o destino
Com coisas que nos convem acreditar
Sentimos rejeitos de quem não nos gosta
E passamos então a nos amargurar
Perdemos as penas procurando liberdade
Num pequeno intervalo antes do crime
Cujo carrasco não quis sequer se apresentar
E ao perceber erros clássicos já é tarde
Hora de nos tirarem do forno e servir o jantar
Decimar Biagini
quinta-feira, 7 de julho de 2016
Dúvidas de um viajante
Há cem anos
Eu aguardava
Na central do Brasil
Um novo encarne aguardava
Vagava pelos vagões
E não encontrava
Nada que pudesse vestir no Rio
Uma cidade maravilhosa
Se via baleias na Guanabara
Pensei em ser sambista
Mas vagabundo caia no pau de arara
Pensei em ser malandro
Mas a concorrência me anularia
Pensei em ser político
Mas não era hora da democracia
Sondei os poetas
Mas não saiam de casa
Tampouco pegavam trem
Pensei em ser aviador
Mas avião ainda não voava
Soou então o apito
Subi num beco perto da estação
E o resto não lembro bem
Até a próxima reencarnação
Decimar Biagini
terça-feira, 28 de junho de 2016
Escrever por verve
Escrever por verve
É acampar de noite no mato
Buscar lenha sem lanterna
E não saber ao exato
quem te arranha pela perna
Se uma onça ou um gato
A curva da frase pela rima
Em cada estrofe desconhecida
É como a luz que se aproxima
Causando surpresa ao escriba
Decimar Biagini
Virtualidade escrava
Virtualidade escrava
Escreva algo
No que está pensando
Torne a vida de seu amigo mais feliz
Não sou mago
Nem sempre estou criando
Também não posso escrever o que não se diz
O Facebook exige muito
Não te deixa absorto
É aquele mala aflito
te tirando da zona de conforto
Mas tudo bem
Aqui estou eu
Por falta de opção
Há malas que vem de trem
Outras de avião
Escrevo nas nuvens
Quando não convém
Pois é dura a solidão
Decimar Biagini
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Sonetilho de inverno
Sonetilho ao inverno
O sol está mais longe
A noite se estende
A lua não se esconde
A fogueira se acende
O poeta não se arrepende
Daquela taça a mais tomada
A musa então se rende
À verve da madrugada
O caminho da retomada
Nas suaves curvas da colcha
Torna-se quase nada
Na busca do calor humano
Dentre todas as estações
É a invernia, a melhor do ano
Decimar Biagini
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Lã tingida
Lã Tingida
Um balde de tinta
Uma nação manchada
Por mais que o senado minta
Não ganha dos deputados
Um balde de tinta
Uma alma lavada
Por mais que o eleitor sinta
a crise está lançada
Desemprego em 12%
Comércio vazio
Professor sem aumento
Pátria que te pariu!
Paguei adiantado
E o pintor sumiu
Votei num deputado
E o ladrão fugiu
Confiei no senado
E todos tem conta no exterior
De que vale um diploma
Se tá cheio de doutor
Fica então a dica,
surge uma centelha
Vê se arruma a mala e sai
Foge para a turma do Mujica
E vai tosar ovelha
Logo ali no Uruguay
Decimar Biagini