DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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sábado, 14 de maio de 2016

Acrostico

C uidados
A tomar
M undos
I mersos
N oções
H umanas
O cultas

P rocura-se
A lmas
R icas
A lia-se
L ibertos na missão
E ntusiasma-se
Lançados
A uma decisão

quarta-feira, 11 de maio de 2016

O Tempo como senhor dos remédios

Ainda era tardinha
O céu nublado anunciava
Vinho e boa poesia
E cheiro de pão novo na casa

Ainda era tardinha
Era assim que eu chegava
A musa então se rendia
Com a cafungada que lhe dava

A parca rima e a junção
Não era o que me incomodava
Mas sim a grande solidão
Que o inverno passado me dava

Hoje com os tentos
Dividindo atenção na sala
Me trazem bons ventos
Com emoção de perder a fala

O xeroquinho pedindo colo
O maior pedindo o carro
O do meio fazendo bolo
E a musa do lado, é claro

Decimar Biagini

domingo, 8 de maio de 2016

Amor Materno

A infância se enraíza
M antenedora do essencial
O rnamenta e suaviza
R iqueza sem igual

M ansa e segura
A lma abnegada
T ernura sem fim
E ntusiasmante e pura
R aio de sol na chegada
N aturalmente dura
O suficiente, por toda vida

sábado, 30 de abril de 2016

Final de sacana

Final de sacana

O sábado
é um apanhado
de tudo o que você
prometeu
Num próximo passado
Mentiu alterar sua rotina
Para seus familiares
Para si
E para os males da alma
O domingo é o desespero
Daquilo que você prometeu
E por preguiça ou capricho
Passou num entrevero e
não cumpriu.
Sobra então o Facebook
E um dedo no curtiu!

Decimar Biagini

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Dias Assim

Olho para cima
Contrariando a crise
Busco uma rima
Um verso em aclive

Fecho os ouvidos
Busco alguma luz
Ignoro os envolvidos
Não lhes dou cruz

Pago impostos
Somo as contas
Priorizo opostos
Rego as plantas

Rio um pouco mais
Gasto muito menos
Pois tanto faz
Em tempos nada amenos
Menos é mais

Decimar Biagini
18 de abril, ano do macaco de fogo

terça-feira, 12 de abril de 2016

CONJUNTURA COMPARADA

Poema conjuntural político-econômico

Quando foram feitas enquetes
A grande maioria
se dizia classe média
Após a corrupção nas manchetes

Todos somos órfãos do governo
Sem senso, sem classificação
O povo anda enfermo
Tão tenso, com tanta decepção

Muitos estavam alegres
Com emprego, carro e presenteando
Tinham remédio para febres
Acordavam cedo e saiam gastando

Hoje, como avestruzes
Escondem sua frustração
Já gastaram seguro desemprego
E com limite estourado
Anseiam por renegociação

Encostam-se em algum aposentado
E torcem por uma nova geração
Outros atravessam para outro lado
E tentam a sorte em outra nação

A assistência era ampla e irrestrita
Hoje as filas viram esquinas
Sem paciência a população aflita
Procura alternativas medicinas

Os ricos compravam uma blusa casual
E a cada estação mudavam o roupeiro
Os pobres também assim o faziam
E ambos compravam no mesmo local

Veio a privatização
E passaram a evitar filhos
O nível de mortes aumentou
Veio muita imigração
E tambem mortes e sacrifícios
Muito consumo de álcool e depressão
Milhões de aposentadorias precoces e beneficios

Rússia do Boris, antes e depois da inflação!
Agora analisa e compara com nossa conjuntural situação!

Relaxa que tem solução
Hoje a Rússia retomou
E voltou a ter boa projeção

Decimar Biagini

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Dois Mundos

A ponte nova
O arco íris
A exitosa prova
A arca de osiris

Desafios e mitos
Fábulas e motes
Contos empíricos
Insights e dotes

Como é entusiasmada
A saga de um escriba
Como é encantada
A poesia em sua vida

Porém, na segunda
A rotina lhe chama
E tudo se redunda
Em trabalho e cama

Decimar Biagini

terça-feira, 5 de abril de 2016

Virando a Ampulheta

Você transita pela rua
Mira no objetivo
E não vê ninguém

Mais tarde, retorna na sua
Pelo mesmo caminho, altivo
E vê quem lhe convém

Tudo tão antagônico
E a rotina lhe consome
No dever cumprido lacônico
E morre sem deixar um nome

Decimar Biagini

domingo, 27 de março de 2016

Sobriedade Pascal

Esquecemos do essencial Cuidando o alheio O dia a dia parece igual E o tempo sempre feio A grama do vizinho A grana do jogadorzinho A fama do vizinho A falta daquele vinho E quando nos damos por conta Não cortamos as unhas dos pés Navegamos por tanta ponta Sem limpar o próprio convés Então o peixe apodrece E a criança logo cresce Sem entender o seu revés A culpa é do coelho A culpa é da Dilma A culpa é do pai do pentelho A culpa é de quem filma E passamos a vida a procurar Um vilão e um culpado E sem ter a quem crucificar Fica então o recado Pare de se culpar Renasça com a paz de Cristo E sendo ou não bem quisto Largue logo de tudo isso Ou deixe a vida lhe julgar Decimar Biagini Por uma Páscoa mais sábia

sábado, 21 de novembro de 2015

Ginerdia (sugerido por Wasil na comuna palavra inventada)

Ginerdia Gerado por ócio produtivo Sem rumo na sabatinagem O poeta parecia pensativo Mas faltava verve na bagagem Buscou a mesma num filme Mas esse não era instrutivo Viu então uma foto da Dilma E pensou num corrupto intuitivo Como poderia ter tanta sorte Fazer transição e livrar seu couro Lançar filme antes de sua morte Surge então um grande estouro Num momento político tão propício A palavra nova era cudouro Decimar Biagini

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

TROVA LIVRE EXILADA

TROVA LIVRE EXILADA

só uma metade já serve
e eu cubro com uma cereja
hoje tudo pode
menos melacueca de pagode
ou ranço de guampa sertaneja. (WS)

Com pouca humildade,
mas pura substância
E castelhana sonoridade
exilou-se na estância
o verso do poeta cruzaltense (DB)


oh, poeta, não se enerve
é só chamar no ferve-ferve
e a parceria já verseja
a poesia dá o bote
alcança macia a sorte
da companhia benfazeja (WS)

imperioso talhe do nosso nariz
Quis caricaturar nossa parceria
Até livro contigo já fiz
Como quem rouba melancia
Posso dizer que já fui feliz (DB)

eu já tenho certeza
que quando penso forte
o tico fala ao norte
o teco responde ao sul
que a essa hora da noite
o céu já não é mais azul (WS)

Pobres poetas de sorte
cobertos de impassível amizade
A guaiaca já foi forte
em imbatível sincronismo de vaidades (DB)

melhor é deixar a correnteza
levar assim sem recorte
versos de alguma beleza
vindos do sul ou norte
espalhar delicadezas
por onde quer que toquem (Ws)


Obscuros como pedrinhas
No fundo das àguas pesqueiras
Jogando com as marolinhas
Sem prever crises altaneiras (DB)

antes que as fontes sequem
liberamos as correntezas
comprei uma cachaça forte
deixei um copinho sofre a mesa
caso a gente se entorte
declamaremos de língua presa (WS)

Sentiremos os carvalhos
das águas batizadas
Sem as teclas de atalhos
que já andam consagradas
nos trucos de fakes e falsários (DB)

Wasil Sacharuk e Decimar Biagini

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

ENTRE LEIS E FÁBULAS



Entre Reis e Espadas
Dragões e Castelos
Entre leis e escadas
Legiões com martelos
Os meninos cansam
De contos de fadas
E se perdem nas instituições
O Dragão vira Leviatã
E os Castelos Fóruns e Jurisdições
A Themis leva embora a Excalibur da meninada
E os usuários da justiça envelhecem
Esperando que melhor sorte seja cortada
E sem salomônica contenda, padecem
Então surgem novos sonhos, novas gerações
E se perdem em processos medonhos, com indagações
Até quando acreditar nessas instituições?
Decimar Biagini (voltando à Pasárgada)

ENTRE SOBREPESO E O ORGULHO PELA CRIA


Não entendia o que Raul dizia antigamente

Sobre ver a vida passar

Sentado, com a boca cheia dentes

Esperando a morte chegar

 

Era tudo verdade

Vista de um espelho

Já com certa idade

Já não me assemelho

Nem mesmo pela metade

Com o guri de outrora

Mas não deixarei chegar minha hora

 

A barriga segura as calças

As calças revelam as canelas

A camisa não prende as alças

E os prédios tapam as janelas

 

Saudade do campinho

Dos botecos sem arruaceiros

De quando tomava lanchinho

Sentado ao pé dos salgueiros

 

Os lanches já não me saciam

E a expectativa de vida parece murchar

Algumas tentações me desviam

Enquanto desaprendo a caminhar

Chegada a hora de virar a bússola

Passado dos trinta e sedentário

Como dizia a professora Úrsula

Só piora depois do berçário

 

Hoje levei o Arthur na escolinha

E vi aquelas lágrimas de quem teme o desconhecido

Não importa quanto a vida te ensina

Confortar alguém assim, e tornar-se enternecido

É esquecer da própria existencial sina

E contentar-se com a genética estendida

 

Mas custava eu voltar para a academia?

 

 

Decimar Biagini

quarta-feira, 4 de junho de 2014

RESGATANDO ESCRITOS ANTIGOS



AMIZADE X OPORTUNIDADE




Quando se tem por objetivo
O prazer e a tal da utilidade
Por algum misterioso motivo
Até mesmo o seu pior inimigo
finge ser seu amigo de verdade

Mas acreditem, por si mesmos
Só os bons podem ser amigos
É entre os bons que há confiança
Sem pisar nos pés, como boa dança

Mas, os homens nomeiam por amigo
Mesmo os que por motivo seja a utilidade
Existem muitas amizades, eu lhe digo:
- Próprias, homens bons enquanto bons
- Impróprias, geradas pelo próprio umbigo
Essa é a mais pura e dura realidade

A amizade entre os bons
É invulnerável a qualquer calúnia
Aquela de múltiplos tons
Segue a dança conforme a música

Decimar Biagini, 2 de abril de 2009

QUESTIONAMENTOS

NÃO SEI EXPLICAR MUITO BEM

Quando me dei por conta
Já era pai, advogado e poeta
Nessa trintena que desponta
Onde vai, o fado na meta?

Então me pergunto
Em tom cismado
Em divagação aberta
De posse do teclado

Para dizer o que sinto

Quero saber com arrazoado
se é o mesmo que se deve sentir
quando se está realizado

O PROBLEMA!
Existiria razão para o sentir? Poxa, não complica o pensamento!
O DILEMA!
Sentir seria o liame entre a plenitude e o entendimento?
A TEIMA!
Então como decidir se está projetando ou vivendo um pleno momento?
Vou deixar que a vivência me responda
E você? Responda na lonca da poesia que lhe sonda

Decimar Biagini (04/06/2014)


Qual tema nos poemas mais te atrai?