DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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terça-feira, 29 de abril de 2025

Coração de Julgador

Coração de Julgador
(42º Concurso Internacional de Poesias, Contos e Crônica)

Num salão de almas vivas  
Onde a pena vira flor  
Li poemas como estrelas  
Brilhando com seu calor  
Meu coração julgador  
Foi se abrindo feito rio  
Pra abraçar todo esse amor

Larissa chegou soprando  
Com seu “Apaga-me” aceso  
Na chama vi um silêncio  
Feito prece em recomeço  
Palavras viram abrigo  
E o vazio vira endereço  
Onde mora algum desejo

Galvão chegou dobrado  
Poeta e também pensador  
Fez do verbo um labirinto  
Fez do olhar revelador  
O tempo virou espelho  
E no fundo do espelho  
Vi Platão como leitor

Joselito veio firme  
Com “Odes” e “Ideal”  
Na subida da linguagem  
Fez da ideia um portal  
Pôs o verso sobre as nuvens  
Pôs a alma em pedestal  
Com um canto sem igual

Eduardo e sua “Tempestade”  
Trovão jovem na canção  
Rafaela, tempo e dança  
Giovana, inspiração  
Cada verso uma centelha  
De uma nova geração  
Com espada na paixão

João Manuel reverente  
Fez de Senna sua estrada  
Maurílio trouxe a “Fantasia”  
Com “Vibração” delicada  
Em seus versos há uma música  
Que transforma a madrugada  
Em alvorada encantada

Márcia Rocha semeando  
Cicatrizes e ternura  
Ana Stoppa no seu canto  
Fez da dor uma doçura  
E da Argentina, Ana Rosa  
Trouxe amor em sua altura  
Feito carta sem censura

Julgar foi gesto de espelho  
De quem escuta e se encanta  
Cada texto um universo  
Cada voz uma garganta  
Essa turma tão brilhante  
Faz da arte sua manta  
E na alma ela se planta

Que a poesia se erga  
Como um templo de beleza  
Onde a palavra liberta  
E a emoção é a firmeza
Que a Academia celebre  
Com afeto e com realeza

Decimar da Silveira Biagini

A Busca

[Verso 1]
De que vale o saber sem luz no coração?
Se o mundo é vasto e a mente, uma prisão
O tolo dança livre da razão
Enquanto o sábio treme em indecisão

[Verso 2]
O puro ri sem saber bem por quê
Vê além da mente, deixa acontecer
O erudito tenta se entender
Mas perde o agora, sem se perceber

[Refrão]
Solta, alma! Voa, alma!
Na dúvida há uma chama
Desnuda o ser, renasce a fé
Na queda se aprende a dançar de pé

[Verso 3]
Riqueza é ser sem medo de perder
É ver no fim o início florescer
E no incerto, o milagre de viver
Sem mapa, mas com sede de saber

[Refrão]
Solta, alma! Voa, alma!
Na dúvida há uma chama
Desnuda o ser, renasce a fé
Na queda se aprende a dançar de pé

[Final]
Só quem esquece é que vem a entender
A porta oculta é sempre o verdadeiro ser


segunda-feira, 28 de abril de 2025

Como ter otimismo?

Como ter otimismo?

Prometi ao Eterno em segredo  
Despi-me dos pesos do chão  
O ego tombou no degredo  
Deus acendeu-me a mão

Sopra, ó Mestre, rasga o véu da ilusão  
Semeia esperança no pó da criação  
Sopra, ó Rabi, minha alma desperta  
Deus sabe o tempo, a hora é certa

O que vejo não é o que é  
O que é, ainda escapa à visão  
No invisível a verdade reflete  
A luz maior da redenção

Sopra, ó Mestre, rasga o véu da ilusão  
Semeia esperança no pó da criação  
Sopra, ó Rabi, minha alma desperta  
Deus sabe o tempo, a hora é certa

Caminho sem medo da noite  
Pois a alvorada é real  
Cada queda é um novo açoite  
Que forja no espírito o sal

Confio nas tramas do alto  
Mesmo em silêncio e dor  
É quando a alma rompe o asfalto  
E se curva ao Supremo Amor

Sopra, ó Mestre, chama os ventos a bailar  
Desperta os que dormem, ensina-os a amar  
Sopra, ó Rabi, no abismo e no altar —  
Deus é o tempo, Deus é o lar

Decimar da Silveira Biagini
Na Cruz Alta-RS, aos 29 de abril de 2025

Soneto ao Eco do Amor


Soneto ao Eco do Amor

Eu te amo ressoa em tom sagrado

 

Voz que desperta a alma em turbilhão

 

Vértice oculto em lume revelado

 

Portal que inunda o ser de inspiração

 

 

 

Quem diz treme: é abismo ou é alento

 

Quem ouve teme e sente a eternidade

 

Seremos nós o amor ou seu momento

 

Ou só seu eco em busca da verdade

 

 

 

Flui pela vida antiga indivisível

 

Mais que um desejo mais que um querer

 

Raiz celeste em sombra inacessível

 

 

 

Se o tom suportas deixa-te envolver

 

No amor não há domínio ou impossível

 

Há um tornar-se e então reconhecer

 

Decimar da Silveira Biagini

Manhã Divina na Cruz Alta-RS

Manhã Divina na Cruz Alta-RS 
Em coxilhas respiro a luz primeira
O orvalho apaga estrelas no caminho
A aurora inflama a essência verdadeira
Soprando o céu em brisas de carinho

A névoa dança ao som da claridade
O verde exala aromas de esperança
O Eterno sopra em cada liberdade
E a alma em júbilo sereno dança

Não há prisão nas formas que se vão
Somente o Ser, que vibra além do olhar
Em araucárias se aninha a criação

E as almas livres voltam a cantar
Nas coxilhas, a manhã se faz divina
Campo azul, que Divino pinta e ensina

Decimar da Silveira Biagini
28 de abril de 2025

domingo, 27 de abril de 2025

Que fique face a face com o Vencedor deste mundo


Seu falecimento súbito, repentino traz tristeza e dor para a família e para todos os que tinham amizade com João Waldyr Herrmann. Estaremos reunidos como comunidade cristã e como fraternos devedores do carinho e respeito dedicado ao longo de sua frutífera jornada em que cumpriu com fé, honestidade, simplicidade, lealdade e resiliência seu papel.  Grande parte destes entes e amigos enlutados certamente crêem e confiam que a morte não tem a última palavra sobre nós. Cremos e aguardamos a salvação e a vida eterna e buscamos o consolo na Palavra de Deus. Jesus Cristo diz não por acaso, no homônimo do nosso amigo, seu discípulo preferido - João 16.33b: “No mundo vocês passam por aflições; mas não tenham medo, eu venci o mundo.” Este consolo não nos deixa sozinhos. Eterno no sofrimento. Cristo é nossa esperança! Decimar da Silveira Biagini, aos 27 de abril de 2025.

sábado, 26 de abril de 2025

Canção da Sabedoria e da Prudência

Canção da Sabedoria e da Prudência, pelo poeta Cruz-altense Decimar
(Introdução solada, progressiva)

(estrofe 1)
No seio oculto habita a prudência  
prevê o abismo antes de cair  
com olhos vivos guarda a consciência  
ao leve sopro ensina a seguir  
Mas vem a sábia em veste reluzente  
vê muito além do medo a construir  
descobre o bem no passo do presente  
e ao coração ensina a expandir

(Refrão)
Ó Sabedoria luz no caminhar  
Com tua prudência não vou vacilar  
Se o medo alerta é força a discernir  
mas teu amor me ensina a prosseguir

(estrofe 2)
Se a mente inventa engenho e esperança  
a prudência diz vigia e medita  
e a sabedoria em santa aliança  
mostra o louvor que em cada sonho habita  
Pois Deus se alegra em toda inteligência  
quando o servir é a glória infinita

(Refrão)
Ó Sabedoria luz no caminhar  
Com tua prudência não vou vacilar  
Se o medo alerta é força a discernir  
mas teu amor me ensina a prosseguir

(Ponte)
Quando a dúvida vem e o mundo é nevoeiro  
tua voz é farol tua mão é celeiro  
não me deixes só guia-me a sorrir  
pois tua luz é chama a nunca se extinguir

(Refrão Final)
Ó Sabedoria luz no caminhar  
Com tua prudência não vou vacilar  
Se o medo alerta é força a discernir  
mas teu amor me ensina a prosseguir

(Repetir com coro final)
Teu amor me ensina a prosseguir  

(instrumental encerrando suave como uma bênção)

Decimar da Silveira Biagini

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Escritas diárias

FIEL ADMIRAÇÃO
Redonde

No Recanto venho pousar,
te ler virou meu ritual!
Teus versos sabem me tocar,
são porto em meio ao vendaval...

ChicoDeGois, fora da curva,
surpreende a cada jornada;
tua poesia é tão turva
quanto é bela e iluminada!

No Recanto venho pousar,
te ler virou meu ritual...

Confie no processo, virá o propósito, pelo poeta Decimar

Quantas vezes agoniados  
Lutamos contra o fluxo?  
Perdidos e desestabilizados  
Buscamos o fútil luxo!  

Porém, buscas e achados  
Tropeçamos no lixo  
Amar o que Deus tem criado  
É simples e tão preciso  

Seja você, mas não se perca  
Se perdeu o GPS, ficou indeciso  
Olhe além da sua egoísta cerca  
Deus o fez num propósito coletivo  

Servir, dividir, conquistar e amar  
Cuidar de si sem ser tão nocivo  
Ser dentro e fora, Deus a observar  
Íntegro, com fé, um bom motivo  

Confie no silêncio, abrace o momento
Há luz nos desvios, há paz no lamento
O tempo é mestre, a alma é espelho
Quem semeia verdade, colhe conselho

Às vezes o caminho é neblina  
Mas é chão de transformação  
Pois há raiz onde há dor fina  
E fruto onde há compaixão  

Não temas tua travessia  
Mesmo que pareça vazia  
O Espírito sopra sabedoria  
Na calma, nasce a poesia  

Confie no silêncio, abrace o momento
Há luz nos desvios, há paz no lamento
O tempo é mestre, a alma é espelho
Quem semeia verdade, colhe conselho

Qual tema nos poemas mais te atrai?