Todo dia é segunda
Os dias, as noites
Tem noite que é dia
Formas imprecisas
Fantasmagórica agonia
As noites, os dias
Que aos montes
Sem horizontes
Sem melodias
Se acumulam
Entre fakes e fontes
Ó dor, foste embora?
Quem prescreveu tua sina?
A vida lá fora
Espera a vacina
Sem pomba,
nem montesuvio
Sem falcão peregrino
Sem dilúvio
Um vírus sem hino
Não há mais culpados
Nem sequer mistério
Tudo foi espalhado
Nos tirou do sério
Vida frágil
Cigarra Cantareira
Tempo volátil
Amanhã: segunda-feira
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