DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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terça-feira, 28 de julho de 2020

Enquanto o Brasil


Se reconstrói
Eu vejo tudo
Dum vidro que corrói
Não fico mudo
A escrita dói
Mas desabafo
A areia mói
Tudo que faço
Nessa soma de relicários
Pequenas metas
Faço poemas diários
Para telas incertas
Você esta aí
Mas não estou aqui
Já me diluí
Por que Deus ri?
Decimar Biagini

Cada um com o remédio que merece


O povo está doido
O povo está confuso
O povo está louco
e não sente o abuso
Um dia me confino
No outro te acuso
Noutro, em desatino
Nem máscara uso
O povo está doido
O povo alucina
Um dia a culpa é do coiso
Outro da cloroquina
Já mandei gente se coçar
Daí tomaram invermectina
Agora chega de rimar
Bora voltar para a rotina
Decimar
Biagini

domingo, 26 de julho de 2020

Domingo no covid



Nem todo domingo é igual
Sabe aquele dia ímpar
Onde você sai do normal
Resolve a mesa postar

Arrumar a cama
Fingir que têm visita
Dobrar o pijama
Postar foto bonita

Nem todo mundo é igual
Vai ter quem critique
Se não gostou, não faz mal
Dê seu melhor, se dedique!

Decimar Biagini

Dia dos avós nos pampas

Era 7h39 min - Dia dos avós 

O sol surgiu com timidez
Meio teimoso e disforme
As nuvens com certa altivez
Faziam o tom uniforme

Aquele azul de invernia
Com a cara do pampa
A árvore meio que sabia
Que cobria a nossa Santa

Deus abençoe os avós
Com o sol da ancestralidade
Que os abrace mesmo a sós
E que tudo volte à normalidade

Decimar Biagini
26 de julho de 2020

sexta-feira, 17 de julho de 2020

...


Rotina reticente


Eu combato a falta de empatia com apatia, ... , não sinto vontade de sair de casa para ralhar com quem não está de máscara, parece até que não me afeta a falta de cuidado dos vizinhos para comigo e meus familiares. Colocaram placa no elevador para por máscara, depois de dias eu implicar e suplicar por tal medida, mas mesmo um mês depois de tal aviso, continuo vendo pessoas subindo sem, vejo os incautos na porta das casas sem máscara esperando o corajoso entregador de algo essencial e também o não essencial. Já não sei mais o que é essencial, tenho me desapegado e me apegado de forma tão volátil, como quem troca de canal entre um episódio cataclísmico e outro relax, fico saltitante entre noticiosos perniciosos e seriados que me deixam órfão quando acabam.
É, estamos órfãos de um mundo que jamais voltará, talvez possamos ser adotados por espíritos de luz que sejam mais carinhosos e empáticos que essas criaturas terrenas desse mundo de limitações e desafios entristecedores.
Fique na luz amiguinho, por enquanto ainda posto texto nessa mídia de maioria vacuna por pertencer a um grupo que ainda lê e escreve sem temer o amanhã imprevisível. As curtidas ainda fazem algum sentido...


Decimar Biagini

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Uma vela para uma unica Santa

Uma vela para uma única santa
(Agradecimento pela zona laranja) 

Ficamos na bandeira laranja
O cotidiano na comuna segue por hora
Talvez sob o manto da esperança
Tivemos a intervenção da nossa Santa

Que estatística que nada
Talvez aqui seja mesmo Nárnia
Nos criamos na geada
Já tivemos piolho e até sarna

Nossa coxilha é alta
Nossa cruz também
Muita coisa faz falta
Mas nos basta o amém

Que a virgem santa nos proteja
Interceda pela boçalidade
Não só aquela erguida pela igreja
Mas a mãe do Espírito Verdade

Decimar Biagini

sábado, 11 de julho de 2020

Chega de ser gado


Está cansado de achismos?
Perde seu tempo com o que acham?
O que achou guardou já tem tempo?
Não dá bola para onde eles marcham?

Parabéns! Você não é gado
Você possui um relicário
Deixe aos outros o fardo
Viva seu próprio santuário

Olhe o destino da janela
Manda pastar o achismo
Se isola, saia de cena
Que julguem seu egoismo

Tenha paciência
Você se priva do infortúnio
A própria existência
É mais altiva que o orgulho

Se ousar sair de casa
Tenha ao menos empatia
Não precisa ser da Nasa
Nem cowboy sem pradaria

Liberdade tem limite
Está onde o vírus entraria
Não abusa do livre arbítrio
Nem entra nessa sintonia

Equilíbrio sim senhor
Segredo da montaria
O gado sente pavor
Seja criador, não a cria

Decimar Biagini

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Ondas quânticas contaminadas

Ondas quânticas contaminadas

Esse vírus tem partido diferenças
E dessa forma cria semelhanças
Esse vírus tem dividido crenças
E faz cientistas birrentas crianças
  
Esse vírus, que merda né?
Não aguento mais esse virus
Chega de buscar vilão e Zé Mané
Essa nação tem tantos filhos
E todos se banham na infomaré 

Como não navegar nessa frequência
Que ondas quânticas surfar?
Tanta informação gera demência
E também não adianta só meditar
Onde há equilíbrio e paciência?

Decimar Biagini

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Cruz Alta e sua invernia

Cruz alta e sua invernia

Essa cidade altaneira
Berço de poetas e músicos
Terra de gente hospitaleira
Já teve invernos mais lúdicos

Só nos resta chegar em casa
Tocar fogo na lareira
Deixar a saudade virar brasa
E visitar de outra maneira

Nesses versos que abraçam
Recepcionam sem entrevero
Espero que só o bem façam
E que a praga passe ligeiro

Se aquela nuvem não tiver neve
Que a leve o velho minuano
Mas para foto já me serve
Um alento, nesse infâme ano

Decimar Biagini

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