DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

Entre em contato com o advogado Decimar Biagini

Nome

E-mail *

Mensagem *

domingo, 31 de maio de 2020

Eras e vidas

Muitas eras e vidas

O mundo mudou
Você já sabe disso
Sentimento lhe causou?
Então pense nisso

Você ajudou a construir
As pirâmides do Egito
Também viu ruir 
A babilônia do Eufrates

Passou as sete pragas
Foi a lenda e o escravo
Sofreu nas vacas magras
Já comerciou seda e cravo

Então reflita meu amigo
E chegará a conclusão
Que isso passará consigo
Para o bem da evolução

Decimar Biagini

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Humanize sua redoma

Humanize sua redoma

Entrar na frequência
De outra pessoa
Exige paciência
Não pode ser à toa

Orar pelo juízo
Das autoridades
É melhor que aviso
Postado com banalidades

Não adianta sacudir
Tapear ou exigir evolução
Isso só vai te reduzir
Entrar na onda do sem noção

Faça sua parte, higienize as mãos
Primeiro coloque sua máscara
Não saia matando bruxas do cão
Sem hipocrisia, o exemplo já basta

Busque sua compaixão, sua natureza
Um ser único, semelhante a Deus
Respeitar o próximo é uma beleza
Não finja que os problemas não são seus
Mas também não baixe sua defesa

Tudo está interligado
Você segue um caminho
Mas há alguém do seu lado
Respeite seu inimigo, seu vizinho
Agradeça a vida e verá resultado

Decimar Biagini

sábado, 16 de maio de 2020

Gratidão

Da criação à gratidão

Fui criado
pelas notícias
Qual o resultado?
Vi fel nas delícias
Fiquei amargurado
Por idéias negativas 

Esfrio minha cabeça
Como em detox espiritual
Para que ódio não permaneça
E creia na humanidade atual
Então a alma vira fortaleza

Fui repaginado
Pela poesia
Qual o resultado?
A positiva alegria
A verdade em ser grato
Por ver amor em meus dias

Decimar Biagini

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Filme, morango e Jornal



Assisti o Jornal
Com toda cautela
Água e melhoral
Abri bem a janela

Me pergunto
O que comer
Quando o assunto
Me faz tremer?

Quando assisto filme
Pipoca ou amendoim
Mas o Jornal deprime
Chega doer o rim

Talvez um vinho
Morango nem pensar
Sangue não é caminho
Talvez só respirar

Respiro fundo, 
fico a perguntar
O que come
o resto do mundo?

Muito enlatado
Massa de todo tipo
Talvez miojo, ensopado
Então a TV desligo

Hora de cozinhar
E a sobremesa?
Morango nem pensar

Decimar Biagini

O rumo do barco é do leitor

O rumo do barco é do leitor

A literatura tem um casco
Nos protege da mesmice
Para o taco é o tabasco
Para o empírico é a crendice

Para o confeiteiro, a cereja
Para a escultura o artífice
Para o amor, quem o beija
Para a lápide, o epitáfio

O escritor é um observador
Que não conduz o leme
Combate com diário de bordo
O que a população teme:

o esquecimento...

Decimar Biagini

terça-feira, 12 de maio de 2020

Bit acelerado

Bit acelerado na infomaré 

A cada dia você comenta
Que tudo passa depressa
E o coração não aguenta
Quando adiada a promessa

O abraço deixado para depois
A palavra amável que não foi dita
A vida é leve quando em dois
E abençoada com prole bonita

Não diga nesse peefil não clicarei
O que joga para cima cai um dia
Quem ri da plebe deixa de ser rei

Afinal, ri por ultimo o retardado
A vida prega peças com maestria
Rir de si mesmo é o bom aprendizado 

Decimar Biagini

Suave impacto da melodia

Suave impacto da melodia

Ainda ontem, talvez hoje
Sei lá, tudo tem voado
Parecia Moulin Rouge
Me via apaixonado

Cidades e viagens
Estrada e liberdade
Melodias, paisagens
Playlist e tranquilidade

Curtia mais que curtidas
Vivia a viajar com família
Abastecia em milhas vividas
Depois voltava com a matilha

Meu filho diria: Suave na nave
Minha esposa diria: Já acabou?
Tivemos nossos momentos, sabe?
Memória, muito impacto gerou

Agora é hora de visitar
guetos do confinamento
Um refúgio de se pensar
Se viajaremos novamente

Não me vejo idealista e inocente
Sei que é hora de repousar
Talvez a música toque novamente
Agora, só se ouve urso hibernar

Decimar Biagini

Traga o velho sorriso



Caro poema cantador
O que foi que aconteceu
Você escrevia tão alegre
De repente entristeceu

Tome aqui um tempero
Uma tela ainda não rimada
Uma vírgula ao desespero
Para a poesia não contada

Seja mais grato à verve
Ajude a alma desacreditada
Diga que o verso serve
Que isso passa, nao é nada

Vai e resgata os amigos
Aqueles de infância
Explique meus motivos
Tolo, deixei de ser criança

Decimar Biagini

segunda-feira, 11 de maio de 2020

ASTRONAUTAS NA TERRA

ASTRONAUTAS NA TERRA

Pessoas de todo o Mundo
Há quem concorde, há quem não
Dos que concordam com o "absurdo"
Acham que máscara não é solução

Para outros, tempos de guerra
Respeitar o próximo, educação
Não se julgam superiores na terra
Sabem que tudo tem conexão

Cada ação ou resultado
Não fazer ao próximo
O que não esperam legado

Uns, dizem que 70 por cento
Irão pegar essa desgraça
Está difícil um julgamento

Então que a coisa embaça
Quem está errado ou certo?
Para uns remédio, outros cachaça

Se quer saber minha opinião
Esse é um pequeno passo
para a nossa grande evolução
Homem na lua é passado!

Decimar Biagini

O tal smart

O tal smart

Quando vendia enciclopédias e cursos de memorização, na linha de ônibus do campus da faculdade, jamais pensava no quanto a sociedade iria se reduzir a uma caixinha de surpresas com bateria de lítio. Hoje pergunto: Estava vendendo a coisa errada na hora certa? O conhecimento não deveria ser vendido, e sim compartilhado!

DB

sábado, 9 de maio de 2020

Cruz Alta, terra de alguns muares

Cruz Alta, terra de alguns muares!

Ontem, 8 de maio, dia do tropeiro
Cruz Alta, pousada de muares
Hoje, 199 anos, a passar ligeiro
Ainda, temos mulas, milhares

Elas ficam sentadas nas praças
Tomam mate e não se educam
Não importa o que fales ou faças
Elas sem máscaras, já nos machucam

Pergunto se a vacina reptiliana
Talvez um suicídio inconsciente
Ou alguma profecia apocalíptica
Mulas teimosas, desisto, simplesmente

Decimar Biagini

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Semana das mães

Semana das mães

As mães, todas são mistérios
Cada uma é ilha a sós
Avós de reis, mães de impérios
Uma delas, roga por nós

Nos pampas do Rio Grande
Rendem muitas milongas
Longe delas, o verso se expande
e a saudade se prolonga

As mães são essas ilhas
Onde os náufragos da existência
nadam léguas e milhas
até que socorridos na decência

Mãe é proteção em contraponto
Quando triste canta ou reza
em sendo alegre chora um tanto
é a simplicidade na realeza
sem espaço, dá seu canto
É caridade justa e santa

Decimar Biagini
08 de maio de 2020

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Polichinelo em crise

Polichinelo em crise

Anda meio claustrofóbico?
Agoniado e sem perspectiva?
A saída virou mera retrospectiva?
Não sai do lugar no aeróbico?

Se sente afastado do conflito?
Não entende as brigas políticas?
A guerra existencial o deixa aflito?
Já não suporta nem auto-críticas?

Notícias boas não bastam?
Parecem mensageiros atrasados?
Os dias iguais quase o matam?
A solidão enlouquece os sensatos?

Calma, meu amigo leitor
Reza, lê, ama e espera
Transforma a dor em amor
E o inverno trará a primavera

Decimar da Silveira Biagini



quarta-feira, 6 de maio de 2020

A visita ao velho olho d'água

A visita ao velho olho d'água

Esse olho d'água foi responsável pela migração de meu bisavô para a última estância, ali havia um carneiro que puxava água ao reduto no alto da coxilha, que deu nome à Fazenda Santo Antônio, Urupu, Cruz Alta-RS. Arthur tem 8 anos, Lili 2, muitos planos para além Covid. Ele, o retorno ao futebol, escola e violão, ela, os passeios e o Pet semanal, ambos sabem a importância de preservar a água e respeitar as origens para não secar as raízes.

Decimar Biagini, maio do fatídico 2020

Discutindo com Zumbis - Paul Krugman, adaptar com leitura de tupis

Um livro esclarecedor
"Discutindo com zumbis"

Cíclica e necessária a luta pela sobrevivência de uma sociedade ameaçada por outra vindoura criada na sua própria existência. 
O viés me lembra o profetismo tupi em sociedades fadadas a desaparecer, como na obra a "sociedade sem mal" de Helene Clastres, como tenho linha espiritualista muito após as velhas trincheiras ideológicas travadas num ambiente fanfarrão e manipulável dos diretórios acadêmicos, acredito que um homem teimoso só consegue mudar convicções políticas entre uma reencarnação e outra, salvo quando o choque principiologico o permite analisar que não se pode esperar um resultado sociológico aplicando o mesmo método. Estamos fadados a buscar zumbis e estabelecer modelos garantistas quando temos algo a perder, do contrário, só nos resta sair buscando pescoços de incautos por aí. O que penso e ouso dizer é que é possível em alguma fase da vida quando se busca o conhecimento ser comunista e com o amadurecimento ser liberalista, com sorte na conquista material talvez até conservador. Porém, em algum momento, o índio indomito não sujeito a manipulações de pajelancas messiânicas faz com que você não queira migrar mais do sertão para o litoral e inverso disso, pois se cria a ideia que não existe terra sem mal, e que as guerras acontecerão sempre para que possamos vagar felizes como nômades abençoados com o livre arbítrio. Muito provável que algumas pessoas não leiam periódicos, não assistam TVs, mas mesmo assim produzam alguma espécie de consciência coletiva e que sintam energias de ordas de inimigos como quem sente zumbis chegando, mas mesmo assim, não se sinta com medo pois sabe que mais cedo ou mais tarde sua hora vai chegar, porém, ninguém quer ser culpado por gerar desgraça ao inocente e por isso o instinto protetivo faça cometermos tantas insanidades territorialistas e limitadas.

Decimar Biagini

Uma fila de desinformação


Se toda pessoa frustrada, votar em protesto, lavar as mãos?
Se todo incompetente e irresponsável quiser promover um ícone espelhado de seu lado fanfarrão e opressor?
Se todo despreparado e preguiçoso quiser ter um seu o representando?
Se todo estudante achar bonito ser comunista mas nunca sair da aba dos papais?
Se todo agricultor achar que por ser bem nascido não precisa fazer caridade e plantar só o que dá mais grana? 
Se todo ser que tiver alguma intuição e falar o que pensa resolver ser messiânico ou fazer pajelança com pessoas humildes e desesperadas?
Talvez nunca teremos presidente que sirva, muito provável que essa terra seja uma terra de males sem fim, onde qualquer um pode exortar os desalentados a sair por aí matando os outros e saqueando como silviculas de um passado de Tapuias ou Tupinambás.
Pulamos de um analfabeto, para uma ingênua e agora um cara que não foi nem um bom militar nem um bom deputado.
Talvez jamais sejamos bons eleitores, cada um tem a presidência que merece.

Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?