Um conto sobre esperança?
Narra um Espírito ancestral, vilarejo remoto
Conto intrigante de inusitado final
Sobre um condenado sem sorte
e seu roteiro fatal
Uma criança encontrada morta, mistério no ar
E um judeu acusado, seu destino a desafiar
Rituais de sacrifício, alegavam como prova sem suplício
O homem preso, desespero em sua alcova
Pediu um rabino, a esperança renasceu
Em busca de solução, na escuridão que se deu
O judeu lamentou, sua pena, o medo a rondar
O rabino então falou, com palavras a acalmar:
"Não desista, meu amigo, em desespero não caia,
O próprio 'Sinistro' tenta fazer você desistir, mas tente confiar
No julgamento chegou, um juiz conspirador
A farsa do julgamento, um jogo de terror
"Deus decidirá", o juiz disse, com trama em seu olhar
"Escolha 'inocente' ou 'culpado', seu destino a revelar
O acusado suava frio, trama e conspiração
Nas palavras do rabino, buscava a solução
Ambos papéis escritos, 'culpado' em sua mão
Chance de 0%, mas não desistir era a missão
Lembrou das palavras sábias, no calor do momento
Com brilho nos olhos, tomou um movimento
Um papel ele engoliu, todos protestaram em voz alta
"Como saber o destino?"
A dúvida era fausta
"É simples", disse o judeu, com coragem a brilhar
"Basta olhar o outro papel,
o mistério se desvendará."
A chance de 0% não era absoluta, afinal
Com sagacidade e necessidade, mudou o final
Neste conto ancestral, aprendemos uma lição
Que mesmo nas trevas, há uma solução
Com coragem e astúcia, podemos reescrever o destino
E encontrar saídas por pior que pareça tal desatino
Decimar da Silveira Biagini