Esquecemos do essencial
Cuidando o alheio
O dia a dia parece igual
E o tempo sempre feio
A grama do vizinho
A grana do jogadorzinho
A fama do vizinho
A falta daquele vinho
E quando nos damos por conta
Não cortamos as unhas dos pés
Navegamos por tanta ponta
Sem limpar o próprio convés
Então o peixe apodrece
E a criança logo cresce
Sem entender o seu revés
A culpa é do coelho
A culpa é da Dilma
A culpa é do pai do pentelho
A culpa é de quem filma
E passamos a vida a procurar
Um vilão e um culpado
E sem ter a quem crucificar
Fica então o recado
Pare de se culpar
Renasça com a paz de Cristo
E sendo ou não bem quisto
Largue logo de tudo isso
Ou deixe a vida lhe julgar
Decimar Biagini
Por uma Páscoa mais sábia