DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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domingo, 29 de dezembro de 2019

Ano novo

Ano Novo, ou paz ou amor!

Já refletiu sobre o ano
Lhe desejaram paz e amor?
Tudo foi rápido, é insano!
Mas preste atenção por favor

Não vai dar tempo
Para promessas vãs
Menos  palavras ao vento
E coma mais maçãs

Regime é loucura
Beber menos depende
Evolua criatura
Quase tudo se aprende

Ou na razão ou na loucura
Ou na dor ou no amor
O resto é leda literatura
Como arco-íris sem cor

Decimar Biagini

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Entao foi Natal!

Cada esforço reconhecido
Do pai e do filho
Sensação de dever cumprido
Que belo estribilho

Um festival de números
Muitos quilômetros rodados
A reunião de muitos primos
De todos os tios irmanados

A nossa querida matriarca
Com mais de noventa e muitos
A mesa, graças, toda farta
Agradecimentos, e rezas juntos

Festival de entregas
O papai Noel e as crianças
Amigo secreto e regras
Daquele amigo de lambanças

O amigo invejoso fechou
Com todo o caos necessário
Muitas risadas se soltou
E fomos dormir com o relicário

Sim, a memória, aquela sensação
De que todos uniram suas diferenças
É que o cristico ensinamento do perdão
Virá no próximo Natal com ou sem crenças

Decimar Agradecido Biagini

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Tudo na vida é emprestado!

O empréstimo devido, o significado da responsabilidade com os antepassados!

Queria prestar meus préstimos aos que já se foram, que sabiam que daqui nada se levava a não ser a honra e a construção do amanhã às futuras gerações. Tivemos políticos que se doaram gratuitamente e que nada recebiam nas sessões legislativas. Tive um vizinho que era vereador da terra saudade, Sr. Clarimundo Souza, morava na esquina que hoje faz frente com o posto Esso quase no final da Gal Osorio, uma quadra do CTG Querencia da Serra. Esse altivo homem foi Edil por longos tempos, ele e sua esposa, abnegada na benzedura, me deram um cachorro (me senti muito importante e com um senhor propósito aos 7 anos, pois para se ter uma noção do quão o casal era ocupado, mais de 30 pessoas visitavam ela por dia e eles atendiam todos com o maior carinho e sempre deixavam algo de positivo ou com um conselho de civilidade de Clarimundo ou com um alívio espiritual da dona Malha). Kim era Cusco de lã duvidosa, pelo de arame com fox. Seu Clarimund, muito a frente do seu tempo, já sabia que bicho tinha alma em 1989, pegou sua máquina remington e escreveu a certidão de nascimento, ao que no translado me endossou como proprietário,  não bastasse isso, redigiu (naquela época se dizia bateu) um contrato em que eu tinha de respeitar regras básicas para ser respeitado pelo bichano e ser dono. Minha preocupacao era tanta que assim que desmamado levei o mesmo em uma caixinha e convenci meus pais a dormir no meu quarto sob meus olhos vermelhos com palitos para não dormir. Seguidamente levava Kim ao casal para fazer a Benzedura e passar pelo crivo de seu Clarimundo para saber se eu era merecedor daquele empréstimo. Sim, mais tarde, trinta anos depois de conhecer a doutrina espirita descobri que tudo nos é apenas emprestado, a prestação de contas vira mais cedo ou mais tarde do que fizemos com nossas responsabilidades!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Nem todo Natal é Grenal

NEM TODO NATAL É GRENAL

O festival natalino começou
É difícil lidar com tanta fartura?
Com quem você compartilhou?
Ah, teve que pagar a velha fatura

Se sobrar alguma coisa em saldo
Convide seus familiares para brindar
É possível que do décimo haja caldo
Não duvide dos calcanhares a espreitar

Mantenha um sal grosso no bolso
Pois todo polegar destacado bate
Se não bater cria brotueja até o osso
Pois a inveja é como caroço em abacate

Começa dentro de casa e cai na cabeça
Apodrece tudo que de bom há em volta
Mas se a coisa embaça se fortaleça
Remova rapidamente ou peça escolta

Tá, mas o fulano não é caridoso!
É mesmo? Quanta pessoas você empregou
Quanta atenção deu ao idoso?
Quantas vezes com criança você brincou?

Lembre que a caridade é ampla
Não está no materialismo
Não existe pessoa toda santa
Não há vacina para hipocrisia e silogismo

Sim, você sabe que caridade
É dedicar-se a alguém
Ninguém é tão pobre de verdade
Que não possa ajudar também

Tá não vai contribuir com a ceia
Se ofereça para lavar a louça
Ou para assar quando a brasa encandeia
Fale menos e mais ouça

Pegou agora o conceito de contribuição?
Não? Vou explicar novamente
Quem tem muito não adianta ostentação
Tem que tambem ser boa gente

Nada de ficar se glorificando
Ou humilhar o que tem menos
Pergunte enquanto está se esforçando
Se houve alguma falta nos fenos

Tampouco fazer cara de "Coudet"
Já que acima tivemos um Portaluppi
Enfim, seja melhor que você
Seja cristico, e não se preocupe!

Se brigou com alguém
e não vai ter viva alma por perto
Faça as pazes também
ou nada no Natal dará certo!

Decimar Biagini

sábado, 14 de dezembro de 2019

Grêmioterapia

Grêmioterapia

Por ser imortal
O Grêmio sangra
Mas não é fatal

Graças ao tio "Sam"
depois do alarde
Levaram Bressan
Pena que foi tarde

Sairá Luan terá Jean

Mas quando foi Grohe
Deus que me perdoe

Há dias de glória
Mas tivemos sofrimento
Em nossa história
Tivemos rebaixamento

É desses conflitos
Renascemos com enaltecimento
Da batalha dos aflitos

Que novo ano venha
E deixe esse no esquecimento
O tricolor da azenha
Terá arena 100%

Se não vier contratacao barata
Que seja a caseira prata

Decimar Biagini

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Cálculo-calculo-calculado

Cálculo-Calculo-Calculado

No meu cálculo me aposento
Mas preciso de um passaporte
Não tenho sequer visto no momento
Também não pratico qualquer esporte

E como tenho tudo calculado
Como quem tem mira na espingarda
Posso economizar um bocado
Caso me aposente em Pasárgada

Mas calculo que faltam livros
Daqueles que se eterniza o Autor
Sem confrarias ou obscuros crivos
Que me tornem imortal ao leitor

E quando volto para a realidade
Vendo o que aqui fazem com o professor
Morro frustrado em minha verdade
Enquanto vejo falcatruas do Governador

Plano de carreira para quem leciona
Vai se tornar como o de escritor
Vive-se da gratidão que se coleciona
Com educação, barriga vazia e amor

Decimar Biagini

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Sumiço da meia II

Sumiço da meia II

A meia sumiu novamente
Conspiração da fabricante
Com o sabão ou amaciante
Como pôde sumir simplesmente?

Pode ser que seja obra da máquina
Obrigam-nos a comprar mais meias
É como um livro sem uma página
As conspirações cotidianas são feias

Deve haver um mundo paralelo
Onde as meias riem alforriadas
Que sejam felizes em seu "cielo"
E eu viverei para reencontra-las
Até lá... um pé segue em flagelo

Decimar Biagini

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Certa idade

Certa idade

Depois dos trinta e poucos
Quase quarenta, meia idade
Não te rotulam de louco
Mas já não se é dono da verdade

Diante de um filho amado
Ou de um propósito fecundo
Não se ganha nenhum reinado
Já não se é dono do mundo

O populismo se torna chato
Tanta desilusão de fundo
O médico é muito evitado
E o psicólogo é um copo fundo

Tendo saúde já se sente grato
E mesmo gordo já não se acha feio
Tendo futuro já se torna grato
E o copo já nem precisa ser cheio

Torna-se um pouco sensato
E se esquece do jovem ator
Nas fotos já se faz caricato
E costuma a ignorar a dor

Tende a cruzar os braços
E concluir as conversas dos outros
E evita aqueles percausos
Fica mais seco que coice de potros

Depois dos trinta e poucos
Quase quarenta, verdade
Pensar nisso deixa louco
Mas ainda se é feliz pela metade!

Decimar Biagini
9 de dezembro de 2019

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