DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Guarani ou Charrua

Guarani ou Charrua?

Vai alma charrua
Vagueia pelos pampas
Zela pelas tropas suas
nessa guerra sem lanças

Faça  com cuidado o que pode
na certeza da proteção
pois ninho de barba de bode
só tem eficácia com chão

Se se sentir abandonado
lembre que Sepé esteve aqui
e também foi deixado
mas adotado por Guarani

A sina não é apenas sua
Todos caem no caminho
Foram exterminados os Charrua
mas ganharam outro ninho

Saiba onde pisa
nos caraguatas da vida
Seja uma alma lisa
e terá amizade na lida

Puxa um cepo e contempla
Que o caminho é brisa
Para quem ajuda e relembra
que só o amor eterniza

Decimar Biagini

Matilha unida

Matilha unida

Se o dinheiro da lentilha escaça
que comeu no começo do ano não veio
Reuna a família e saia a caça
Percebeu? Superstição é só um meio

Decimar Biagini

Guarani ou charrua?

Guarani ou Charrua?

Vai alma charrua
Vagueia pelos pampas
Zela pelas tropas duas
nessa guerra sem lanças

Faça  com cuidado o que pode
Na certeza da proteção
pois ninho de barba de bode
Só tem eficácia com chão

Se se sentir abandonado
Lembre que Sepé esteve aqui
E também foi deixado
Mas adotado por Guarani

A sina não é apenas sua
Todos caem no caminho
Foram exterminados os Charrua
Mas ganharam outro ninho

Saiba onde pisa
nos caraguatas da vida
Seja uma alma lisa
e terá amizade na lida

Puxa um cepo e contempla
Que o caminho é brisa
Para quem ajuda e relembra

Decimar Biagini

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Proposição evolutiva ou divina

Proposição evolutiva ou divina

A existência diverge das palavras?
Se você verbalizou é por que já aconteceu?
Na essência restam só memórias vagas.
Se já não existe mais então morreu?

A resposta racional é um frio sim
Mas se lembrarmos com o coração
É notória a mudança. Alma enfim?
Basta nos dedicarmos a essa questão

Todos temos uma centelha do divino
ou talvez aos céticos um DNA ancestral?
Tá mas tem aquele seu inimigo imagino
Mas será que ele é totalmente mau?

Imagina que não seja tão simples
Seria respondido só em iluminação?
É amigo, refletir tem lá seus requintes
De que valeria um humano sem imaginação

Se você ignorar essa busca
Tal vez nessa ignorância tenha sua redenção
Agora, se a dúvida o ofusca
Os sem consciência o culparão por ter opinião

Decimar Biagini

domingo, 26 de janeiro de 2020

kobe Briant - o adeus

Entre 1996 até 1999
(Lembranças de Briant)

A turma do colégio
Não jogava basquete
Ela vivia esse esporte
Não ver era sacrilégio

No Recreio todos em volta
Arquibancada lotada
Pulavam muro com escolta
Só para ver a rapaziada

Nos sábados se esperava a Band
Briant no Lakers estava começando
Ninguém queria ver Júnior e Sand
E Jordan estava se aposentando

Despontava um diamante
Se viu trocar calções e bonés do Bulls
Pelo Lakers do Briant

Uma estrela se aposentar é normal
Mas quando uma se acidenta
A vida é tão frágil afinal
Fica aquela nuvem cinzenta

Decimar Biagini

Recreio está em maiúsculo por ser algo sagrado na época...

sábado, 25 de janeiro de 2020

Tá difícil consumir?



Não há mais certeza
Uso açúcar ou adoçante?
Café com leite ou cerveja?
Suco de caixa ou refrigerante?

Leite adulterado
Vidro no açúcar
Cerveja boicotada
Estricnina no néctar

Vamos rir da desconfiança
Da nossa dependência
Nem água se tem confiança
Toxoplasmose causa demência

Respirar tranquilamente, imagina!
Agora veio o corona vírus
Mais um ruim negócio da China

Decimar Biagini

Ser ou não ser da família real

Ciclo-paz-vidas de Harry

Ser ou não ser da família real?
Que dilema interessante
Mas o que traria paz afinal?
Preferir bijouteria ao diamante?

Talvez em outras vidas
Mas nesse mundo fútil?
Essas ideias discutidas
Nos trazem algo útil

Talvez o papa argentino
Um chá das cinco sem gincanas
Talvez o trauma no menino
trouxe ao filho de Lady Daiane
Essas lições franciscanas
O que para uns é um vexame
Para outros é bem bacana

Decimar Biagini

Um Grêmio caixeiro

Um Grêmio caixeiro

O Cruzeiro queria trocar
Thiago Neves pelo Luan
Um ano veio a passar
E do Romildo fiquei fã 

Thiago Neves veio de graça
Luan vendido por 25 milhões
Para o Romildo eu dou a taça
Bota homem de previsões

Se vai jogar eu não sei
Mas do suco de um limão
Meia dúzia por seis
Tiramos dinheiro do timão

Se vai pagar eu não sei
O estádio foi calotão  
Se a arena um dia terei
Será graças ao Romildão 

Decimar Biagini

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Família Hodierna

A Família moderna!

Pensar hoje na família
Exige comprometimento
Cada um vive numa ilha
E tem seu pensamento

Já se foi filho ou filha
Em um ou outro momento
Já se foi líder da matilha
Com ou sem merecimento

Nas tantas evoluções
O DNA ancestral
Talvez encarnações
Quem sabe afinal?

É preciso ter fé no próximo
Amar e coisa e tal
Ser Brastemp e não Prosdócimo
Mas a hipocrisia faz mal

Se escuta tanta asneira
Se lê o dobro disso
Escutar aliás é brincadeira
Bota raro nisso

Nas rodas escassas de família
Mais se fala que se escuta
Tem sempre algum que bota pilha
Eita gente fia da ....

A memória anda curta
Temem esquecer o que vão dizer
E nessa dura luta
Só se reúnem para comer

Decimar Biagini

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Fé na humanidade

Fé na humanidade, rumo a imortalidade!

Compreendo  perfeitamente
que  nenhuma  riqueza  ou  posição
pode durar para sempre
se não for dividida com o coração

Esse alicerce: bondade, verdade  e  justiça; 
Sustentará  a  todos  a  quem  afetar
Induzirei  outros  a  servir-me sem cobiça
pela  minha  boa  vontade  em  os ajudar

Eliminarei  o  ódio,  o egoísmo
cultivando amor ao outro ser
a  inveja,  e  o cinismo
serão curados se assim proceder

Farei  com  que  os  outros
acreditem  em  mim
Mesmo que sejam poucos
Mesmo que seja meu fim

Serei autoconfiante e bem sucedido
Meu sucesso servirá ao bem comum
Então o inimigo sempre será vencido
Pois tal propósito não trará mal nenhum

Esse será meu pacto com minh'alma,  recomendá-la-ei  à memória
repetindo-a todo dia em voz alta
e positivamente refarei minha história

Decimar Biagini
14 de janeiro de 2020

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Chega de campanha

Cada coisa que leio
Me lembra a música
"Cagar é bom", não é feio
Cada cagada única

Essa bosta de polarização
Como se não tivessem mãe
Nem pai, amigo ou irmão
Hipócritas como todo fidamãe

Eu tenho amigo de todo partido
Considero todo e até falta de credo
Larguem o umbigo povo bandido

Hora de respeitar para ser respeitado
Prefeito bom é prefeito sem partido
Que governa para povo e não para deputado

Decimar Biagini

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Grêmio renovado

Agremiações cambiantes

Quase a cancelar
Aquela associação
Sem goleiro a comprar
Só tinha indignação

O dolorido cinco a zero
O centroavante cone de trânsito
O Grêmio me tirou do sério
E 2019 baixou o imortal conceito

Mas a alma de torcedor
É algo a ser tão estúpido
Que só se explica com amor
Fui flechado pelo cupido

Chega de Paulo Victor
Acabaram de comprar o Vanderlei
Se vai ser melhor? Isso eu sei
Pior que ele só um ator

Não há coisa pior
Que alguém fingindo ser goleiro
O destino se sabe de cor
O placar nos leva ao desespero

Que venha então o novo camisa 1
Com nossa zaga não teremos medo
Quiçá surgirá no ataque mais algum
Os laterais renovados, só falta o Pedro

Bom, hora de dormir
Com aquela esperança
De que o melhor poderá vir
Meu gremismo não se cansa

Decimar Biagini

Praia da Daniela-SC


A água esta calma e morna
O astro rei resplandece a alma
O argentino, pela rima, entorna
E a titia hermana perde a calma

"Madre de Dios", me livre del borracho!
- não precisa nem ser bilíngue -
E ele responde sexista com papo de "macho"
"Inaudível" eis um ringue

Mais ao longe, barquinhos de pesca
Um ancião chinês (múmia da dinastia ming)
Uma atmosfera tranquila ali manifesta

Final do dia, aquele pôr do sol no retorno
A ponte Hercílio a distanciar sonhos
Hora de voltar para o temporário forno

Decimar Biagini

A única flor

A única flor

A minha rosa
tem mistura de anjo
Boa de prosa
encantou o marmanjo

A minha rosa
conquistou minha simpatia
Tão formosa
Seduziu-me com sua alegria

A minha rosa
é tudo que eu quero
Tão cheirosa
todo dia é primavera

A minha rosa
é boa de sorriso
Tão valiosa
não precisa de aviso

A minha rosa
é musa completa
Deu-me cria fabulosa
e fez honrado o poeta

Decimar Biagini

Tetra

O ano era 1994 - o tetra

Naquele marco temporal
As crianças se reuniram
Para assistir a grande final
Então, aflições surgiram

De um lado, a Azurra
Baresi, Baggio e Albertini
Isso não seria uma surra
Pois do outro lado, imagine

Taffarel, Bebeto e Romário
O zero a zero foi à prorrogação
E o aflitivo jogo viraria lendário

Os penais vieram com emoção
No pênalti para fora de Baggio
Se viu o Deus brasileiro, salve a seleção!

Decimar Biagini
9 de janeiro da reedição dos 25 anos do tetra
Jogo passará 21h30 na Sportv

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Modus vivendi* 2020

MODUS VIVENDI* 2020

O local onde tudo acontece
Não é bom de memória
Um fluxo de sangue e glória
Que não segura e logo esquece

O coração não conta história
Ele a faz, sente e vivência
A tarefa não é simplória
Tem que ter competência

Quanto ao cérebro
Esse ser frio e manipulador
Perturba nosso ânimo
E pode até ser motivador

Quando acusa usa recursos
Trabalha com registros do coração
A mágoa faz julgamentos sujos
Batalha com sinistros da rejeição

O processo seletivo natural
Incumbe à alma e ao caráter
Restaura o equilíbrio usual
E enquanto o coração bater
O cérebro nos traíra até o final
Mas o bem deverá prevalecer
Com o auto-perdão fulcral

Então amigos, paz e bem
Cuidem do coração
Vigiem seu cérebro também
Que a alma terá evolução
Fugir disso, é negociar sem refém

Decimar Biagini

* Acordo entre as partes onde se estabelecem condições temporárias.

A partida- Epílogo I


Na partida, a terra vermelha
Soja para todo lado
Não se via flor nem abelha
E o gado era confinado

Três horas depois
Se via macieira
Ovelhas e bois
E veio a ribanceira

Na divisa dos Estados
Rio Uruguai na viseira
Tendas vendiam pescados

E a vista passou ligeira
Araucárias surgiram altaneiras
Descia a serra em primeira

O destino estava ao léu
Num trevo já estava no Paraná
Mais quatro horas Cascavel

Ano Novo na serpente
Para virar predador ligeiro
Vai que de repente
Ganho presa o ano inteiro

Dia seguinte, fui arriba
Waze e malas prontas
Estrada até Curitiba
Chuva de perder as contas

Jardim botânico e 101
A descida era atrevida
Sem ver sol nenhum
Lá vinha chuva na descida

Já por perto de Porto Belo
Muita placa de castelhano
O Sol rasgava o "cielo"
E a praia cintilava oceano

Muitas horas de estrada
O sacrificio valeu cada km
A ponte cortava a enseada
E tanto carro já não era
incômodo

Decimar Biagini

Um circo...

Um circo incomodava muito mais!

Mundanismo necessário
Canalhice merecida
Pobre errante planetário
Que espancava uma vida

Emocionante só a morte
Quando ajoelhou pouco antes
Alheio a própria sorte
O domador de elefantes

A pata se rebelou
Desde então pelo mundo
Muito circo fechou
E o rebelde fecundo
Para a África voltou

Decimar Biagini

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Os tempos são outros!


Enquanto o ódio se expande
Guerra, alta do diesel e gasolina
Me aproximo do Rio Grande
Mateando em Santa Catarina

Enquanto o tempo sangra
O peito dos que se afastam
Sinto saudade da sanga
E essas memórias já bastam

As guerras eram de tabatinga
Argila comum da região
Explico como era divertida

Cada criança, sorrindo se vinga
Lava a mancha e não deixa vergão
Se cansa, fica na berlinda
E pode levar por descuido torrão

Hoje as guerras são essas
Lutar pela sobrevivência
Ser exigido por promessas
E pedir ao filho obediência

Olhar jornal na noturna sorte
- em silêncio virou privilégio -
Só se escuta desgraça e morte
E ninguém ensina a pagar o colégio

Tampouco sobre ponto de corte
Ou sobre como educar o filho
A novela? Só cena forte
Sobra a saudade de roubar milho

Onde a lavoura era calma
Entardecer tinha sopa
E nutria até a mais vil alma
Férias com pouca muda de roupa

A vida era tão simples
Não se falava em engarrafamento
As crianças eram ouvintes
E em volta do fogo levavam tempo

De noite, guerra de travesseiro
Sim, nada de Trump e Irã
O tempo não passava ligeiro
Ainda dava para escutar sapo e rã

De manhã, ordenhar vacas
Colher ovos e contar ovelhas
Cortar taquaras e estacas
Desviar das cachopas de abelhas

Meio dia, abóbora açucarada
Carne de panela com mandioca
A mesa cheia de criançada
E a gateada em volta provoca

Entre um miado e outro
Ossos pros cuscos na ordem
Pronta outra guerra
Não fosse os que não mordem
Por que alguém logo berra
"Jáaaaa", os novos que se acomodem
Ficava pras que amamentam as feras

A cachorra ovelheira, Xuxa
O mais velho, Pelé
A cuscada cruzada, Banzé
E o resto?  A memória ainda puxa
O pelo vinagre Respeito, o Sentinela
Coisas de gente Gaúcha
Que deu seu jeito e não viveu na janela

Decimar Biagini

sábado, 4 de janeiro de 2020

Você se ama?

Você se ama?

Você anda a se perguntar
Por que tudo está tão óbvio?
Talvez seja hora de se arriscar
Sair por aí sem aviso prévio

Você anda a se perguntar
Onde está o puro alívio?
Aquele que o faz despertar
E evitar o negativo convívio

Pare de clicar e curtir tudo
Desejar o merecimento do outro
É possível falar sendo mudo

Mas tente se acalmar
Você que se torna pacóvio
Se não parar para se indagar

Você criou seu próprio dilúvio
E só você pode se salvar
Suma para o São Corcóvio
E o marasmo vai te sufocar
Mude a vida, mude a rima

Dê àquela volta por cima
Pare de se desculpar
A vida é dura mas ensina

Que você deve também se amar
A palavra tem poder e o aproxima
Daquele você que veio para brilhar

Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?