DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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sábado, 18 de maio de 2024

Soneto Livre às Enchentes

Quatro noites picadas
Que acordo com frio
Pesadelos de ruas alagadas
Vendo o que ninguém viu

Quatro noites desgastadas
Todos dizem não se queixe
Ouvintes ruins, pessoas secas
Familiares que parecem enfeite

Dentre todas as orações
Peço que Deus me carregue
Para longe das inundações

E que das tristes recordações
Logo eu assim me desapegue
Para voltar a ter boas emoções

Decimar da Silveira Biagini
Poetinha Cruzaltense

Acróstico do Dia

U biquidade
M aturidade

C umplicidade
O peram
M ais

O n

T onificam
O desapego
D ivinizam
O humano



Decimar da Silveira Biagini

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Como ter otimismo?

Como ter otimismo?
Promessas para o Senhor 
Pereceram com o ego
Confiante no oportuno amor
Só com Deus me recarrego 

Enfrente os desafios com fé 
e conquiste a sua vitória
Nem tudo que parece é
Pois Deus é que sabe a hora

Decimar da Silveira Biagini

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Província de São Pedro

Província de São Pedro requer esperança

Numa terra de rios e chuvas sem fim
Porto Alegre enfrenta o alagamento perverso
Com oitenta por cento do Rio Grande do Sul submerso
A resistência emocional é um plano reverso

Triste, o poeta busca entusiasmo no peito
Tenta relembrar feitos 
de superação no universo

Em Nova Orleans, após o furacão Katrina devastar
O jazz ressurgiu, com toda resiliência
Hiroshima, a mítica bomba, destruição sem par
Ergueu-se em paz, com voluntariado e paciência

Nova York, após o 11 de setembro, ergueu-se com união
Mostrando humanidade e forte lição

Christchurch, após o terremoto, se renovou
Preservando sua história, com esforço e amor mútuo
Lisboa, após o grande tremor de 1755
Reinventou-se, mantendo sua cultura com afinco

Com esses exemplos de luta e superação
Porto Alegre e o Rio Grande do Sul encontram razão
Na memória dessas cidades, o voluntariado não desiste
Chama cultural, no coração resiste

Decimar da Silveira Biagini
14 de maio de 2024

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Lidar com a tragédia

Lidar com a tragédia

Ela nos coloca 
diante dos limites
E nos provoca
A sermos bons ouvintes

Aos conhecimentos 
que nos orgulhamos
Seguir na sobrevivência
Surgem aborrecimentos
Nossa impotência 
aos Divinos planos

Afronta nossa onipotência
Desconstrói nossa autoimagem 
e nos abala nossa crença
Na humana e fraca roupagem

Incapazes, no caos e na previsão
Forçados a lidar com tristezas 
Tentemos blindar o coração
Afogados na falsa frieza

Mais amargos, pessimistas e desencantados 
A existência é desafio permanente
Não é fácil e dói bocados

Difícil ver programas e redes fúteis
Sem demonstrar enfado 
Ver emendar os dias úteis
Sem angústia em ver tudo alagado

Ouvir alguém com interesse 
Em comentários apaixonados 
Sobre futebol noutro estado
Ou maus políticos, em palco devastado

Dos itens da bandeira gaúcha
Carecemos de humanidade
Vida e morte, contradição suprema
São nada, à alma e sua eternidade

A futilidade do dia a dia 
e manter seu interesse
É ato de grande sabedoria
Talvez aí, a verdadeira caridade

 Decimar da Silveira Biagini

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