Soneto Livre ao Amor de Deus, pelo poeta Decimar
Eu vi, com olhos trêmulos de um bardo
O mundo à deriva, em sombra e dor
Fugindo da presença e do calor
Do Amor que faz da vida um chão mais fardo
Nos rostos vi o medo, o olhar retardo
Sem rumo, sem promessa e sem sabor
Pois faltava o sentido superior
Do dom que nos sustenta sem embargo
Mas vi também, no meio da ruína
O gesto puro, o brilho em meio ao pranto
Quem ama torna a Terra mais divina
É Deus que age ali, sutil, no encanto
E a esperança, tão tímida e pequena
Se ergue em flor no peito de quem canta
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