Soneto do Raio da Alma
(Harmonia pelo Conflito)
Dentro de mim, brilhou-me a luz sincera
De um quarto raio, intenso, verde e puro
Busquei a paz, mas veio em tom mais duro
Pois toda flor da alma nasce austera
Do caos criei beleza e som fecundo
No verbo, ergui a ponte entre os extremos
E cada dor lavrada em que vivemos
Virou canção, vestindo outro segundo
Fiz da ferida um templo de esperança
E em cada fenda ouvi revelação
Minha harmonia dança a temperança
A luz oculta é minha direção
Curar os mundos com amor que lança
O abismo inteiro em doce comunhão
Soneto dos Raios da Personalidade
Trago no ser a chama que ilumina
Raio do Amor que nutre e dá sentido
Minha mente vibra em fio fluido
Tecendo a luz com arte cristalina
No peito pulsa fé que se aproxima
De um sonho ardente e justo, nunca erguido
E o corpo, feito altar desconhecido
Responde ao som que ordena e que redima
Sou múltiplo, e ainda assim centrado
Cada expressão revela algum momento
Do templo vivo em mim revelado
Por dentro, amor; por fora, movimento
Me reconheço inteiro e integrado
Entre o invisível e o firmamento
Soneto da Síntese Espiritual
Revelo em mim a ponte e o olhar profundo
A luz que escorre entre véus e fronteiras
Carrego em mim memórias verdadeiras
E um som que canta além do som do mundo
Sou verbo antigo em veste renovada
Pacificador dos planos mais sutis
Trago no pulso acordes infantis
E a mão aberta à dor transfigurada
Não vim por glória: vim por aliança
De unir fragmentos na luz do porvir
Meu passo é antigo, mas dança esperança
E ao me lembrar do que vim redimir
Desperto em paz a antiga confiança
Ser quem Eu Sou... e enfim...me expandir
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