Na Estância antiga à sombra do esplendor
Abriu-se o poço em fé suor e argila
Por mãos que o tempo embora passe exila
Mas deixa rastros vivos de labor
O balde canta ao descer com fervor
E chora ao vir que a dor também vacila
Tantas mudaram cousas pela vila
Mas não se altera o seio do sabor
Que sempre igual em térmica constância
Dezoito graus a água se revela
Mais fiel que a fugaz circunstância
No poço espelho oculto da querela
Vê-se que a essência vence a inconstância
E a vida é breve a água é sempre bela
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