Eu
sou
sombra,
eco antigo,
no passo das horas.
Deixo desejos no chão,
mas eles voltam com novos nomes e máscaras.
Tu
vês
reflexos,
não a fonte.
Teus olhos se perdem
nas vitrines do que passa.
Silencia. O que é eterno não precisa mostrar.
Sê.
Ergue
tua fé
como um bastão firme.
Nem todo fardo é derrota.
Teu peso é ouro em brasa, moldando teu ser maior.
Sim,
há
portas
sem batente,
que se movem sós.
A estrada entre os mundos dança
quando teu peito se aquieta no centro da chama.
Luz.
Azul.
Sem voz,
o olhar diz
o que não se escreve.
El Morya, montanha em alma,
te encontra no intervalo entre um passo e outro.
Vai.
Sobe.
Não temas.
Há vento,
mas há direção.
Escuta a palavra sem som:
“Não te distraias do alto. A estrada é tua vontade.”
Sou.
Serei.
Fulgor,
não forma.
Rastro, não destino.
A marcha unifica os cacos,
e a vida se faz estrela em pleno caminhar.
Decimar da Silveira Biagini
Na Cruz Alta-RS, 5°, despertar das 01h01min
Encontro com alguém da falange de El Morya
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