Oh Bardo Thödol, voz da transição
A alma vagueia após seu fenecer
Se teme as sombras, cai na escuridão
Se aceita a senda, aprende a renascer
Os deuses surgem plenos de esplendor
Mas quem vacila os vê como um terror
Das sombras nasce o véu do amargor
Quem não se encontra volta à dor maior
Se o ser desperta e a luz reconhecer
Transcende enfim à pura morada
Mas se o desejo o faz permanecer
Retorna ao mundo em nova caminhada
E segue o ciclo atado ao mesmo ser
Ou ao tormento de uma luz velada
Decimar da Silveira Biagini
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