Depois dos trinta e quatro
Me refiro a idade
Não é muito de fato
Mas já não se é dono da verdade
Diante de um filho amado
Que te repreende já com quatro
Depois dos trinta e quatro
Passa aquela utopia de mudar o mundo
Pois o populismo se torna chato
Quando se tem tanta desilusão de fundo
Depois dos trinta e quatro
Pisasse um pouco no freio
Tendo saúde já se sente grato
E mesmo gordo já não se acha feio
Depois dos trinta e quatro
Surge uma crença interior
Torna-se um pouco sensato
E se esquece do jovem ator
Depois dos trinta e quatro
Enterra-se algumas perspectivas
Isso até se torna chato
Mas de que valem falsas expectativas?
Depois dos trinta e quatro
Ainda não se pensa em reviver o passado
Recém se comemora o presente
Como um vinho após a colheita, degustado
Decimar Biagini
31 de julho de 2016
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