O vento atendeu-lhe o imperativo
Os versos se cerravam-lhe ao tocar
O Céu curvava o gesto compassivo
E anjos se punham prontos a escutar
Mas veio a hora amarga sem motivo
Sorveu sem verve a dor a silenciar
No peito bardo, o vazio definitivo
E a solidão cravada a lhe moldar
Ninguém quis ler sua dor afinal
A plebe o esquece à beira da ilusão
Ele ora ao Pai, confiando, triunfal
Do soneto se ergue com Deus e visão
Por entre os homens, luz universal
Medianeiro do Amor, eis a redenção
Decimar da Silveira Biagini
Nenhum comentário:
Postar um comentário